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Lucro do Lloyds aumenta 38%, para 2,53 mil milhões de euros

António Horta Osório apresenta os resultados do gigante britânico do semestre que permitiu o reforço da base de capital, que por sua vez suporta o forte investimento na digitalização do banco.
1 Agosto 2018, 11h45

O resultado antes de impostos do Lloyds Banking Group subiu 23% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2017, para 3,1 mil milhões de libras (cerca de 3,47 mil milhões de euros), suportado por um aumento de 7% no resultado operacional, para 4,2 mil milhões de libras (cerca de 4,71 mil milhões de euros). Os resultados líquidos (depois de impostos) subiram 38% para 2,267 mil milhões de libras (2,53 mil milhões de euros).

O banco liderado por António Horta Osório registou custos operacionais de 4,0 mil milhões de libras que o banco diz terem-se mantido flat, isto apesar do aumento do investimento incluindo os custos com a operação de cartões de crédito MBNA.

O rácio de eficiência (cost-to-income) melhorou para 47,7%.

Em termos de receitas a Margem Financeira Líquida melhorou para 2,93%. As receitas somaram 9 mil milhões de libras (10,1 milhões de euros), subindo 2% num ano.

O banco não teve deterioração na qualidade dos ativos; e espera que o custo de risco de crédito (índice de qualidade da carteira de crédito) fique abaixo dos 25 bps (0,25%) em 2018.

O Lloyds realça ainda em comunicado que o capital cresceu 121 pontos base (bps) nos primeiros seis meses do ano, apesar de 460 milhões de libras (516 milhões de euros) de provisões para crédito adicionais no segundo trimestre. O rácio de CET1 está em 15,1% antes da distribuição de dividendos.

O banco espera um reforço do capital de 200 pontos base no final do ano.

O banco britânico diz que “a redução na base de custos subjacente está a criar mais capacidade de investir para benefício de nossos clientes”.

A instituição realça o investimento feito em biometria de voz, que ajuda particularmente os clientes vulneráveis; o investimento na plataforma que permite o cliente podem ver na mesma página online todo o seu património (pensões, poupanças, contas correntes) deixando para os balcões o atendimento das necessidades complexas dos clientes.

O banco reporta ter a maior rede de agências, com a nova filial do escocês Halifax (do Grupo Lloyds) em Londres e agora com 36 balcões móveis  abrangendo 190 localidades.

A instituição diz ainda que já é o maior banco digital do Reino Unido com quase 14 milhões de usuários digitais ativos e cerca de 10 milhões de usuários do mobile banking.

O Grupo Lloyds destaca também o crescimento contínuo em segmentos específicos, incluindo: mais de 9 mil milhões de libras em ativos sob gestão nos planos de poupança reforma; em crédito às PME; e no crédito ao consumo (consumer finance).

O banco destaca ter sido o único do Reino Unido a cumprir o prazo do Open Banking; e o lançamento do Lloyds Bank Corporate Markets. E ainda a planeada integração no mesmo espaço físico da empresa de cartões de crédito MBNA com o negócio de poupança e reforma da Zurich’s UK.

“Com base neste desempenho, o Grupo anuncia um aumento do dividendo ordinário temporário de 1,07 pence  (penny) por ação.

O CEO do Lloyds Banking Group, António Horta-Osório, afirmou no comunicado que  “Apresentamos mais um desempenho financeiro forte e sustentável, com maiores resultados operacionais, maiores retornos e uma forte base de capital. Em fevereiro, anunciamos uma estratégia ambiciosa para transformar o Grupo para conquistar o sucesso continuado no mundo digital. Fizemos um forte começo na implementação de iniciativas estratégicas que irão digitalizar o Grupo, melhorar as propostas aos clientes, maximizar nossas capacidades como fornecedor de serviços financeiros integrados e transformar a maneira como trabalhamos”.

“O nosso modelo de negócios diferenciado no Reino Unido passa por oferecer uma abordagem multimarca, multicanal, de liderança ao nível dos baixos  custos, com posicionamento de baixo risco, elevada capacidade de investimento e capacidade de execução, posicionando-nos bem para o sucesso sustentável e continuando a cumprir nosso objetivo de ajudar a Grã-Bretanha a prosperar, refere na nota o banqueiro português.

(atualiza com os resultados depois de impostos)

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