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Lucros da CGD caem 32% no primeiro trimestre para 86 milhões de euros. Provisões somaram 60 milhões

O resultado líquido consolidado da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro trimestre do ano caíram 32% face a igual período do ano passado para 86 milhões de euros. Banco do Estado fez provisões preventivas genéricas de 60 milhões de euros.
  • Cristina Bernardo
13 Maio 2020, 17h06

O resultado líquido consolidado da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro trimestre do ano caíram 32% face a igual período do ano passado para 86 milhões de euros.

A rentabilidade do banco do Estado foi afetada pelo reforço de provisões e imparidades de 60 milhões de euros, numa medida preventiva para antecipar efeitos da pandemia, tratando-se de imparidades genéricas, por oposição a imparidades específicas.

A atividade da CGD em Portugal contribuiu com 64 milhões de euros para o lucro líquido consolidado.

Os resultados de exploração recorrente core, que integra a margem financeira e as comissões líquidas, mas excluí os custos de estrutra recorrentes, manteve-se inalterada face ao primeiro trimestre de 2019, fixando-se em 125 milhões de euros.

A nível consolidado, a margem financeira ascendeu a 263 milhões de euros, mas ressentiu-se do impacto da evolução do stock de crédito e o nível das baixas taxas de juro, e registou uma quebra homóloga de 7,3%. A margem financeira da atividade em Portugal contraiu 8,6% para 157 milhões de euros.

As receitas com as comissões cresceram 4%, quer a nível do Grupo, quer na atividade em Portugal, para 123 e 118 milhões de euros, respectivamente. O aumento das receitas com comissões foi sustentado pela maior recurso colocação de seguros e fundos de investimento, crescendo 22,1% nos títulos e gestão de ativos e seguros.

A CGD diminuiu os custos de estrutura, excluindo custos não recorrentes, caíram 4% para 275 milhões a nível consolidado. Os gastos gerais administrativos caíram 10%, enquanto os custos com o pessoal contraíram 3%.

A 31 de março a CGD, os recursos totais dos clientes na atividade doméstica ascendiam a 73.737 milhões de euros.

A carteira de crédito, ainda que se tenha assistido a uma diminuição do crédito à habitação por causa da Covid-19, subiu ligeiramente, de 40.900 milhões de euros em dezembro de 2019 para 40.987 em março de 2020. O crescimento da carteira de crédito em 87 milhões de euros foi impulsionado pelo aumento do crédito a empresas, que subiu face a dezembro, 2,1% para 9.019, excluindo o crédito à atividade de construção e imobiliário.

O crédito à habitação ascendeu a 507 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a um aumento homólogo de 13%, mas já demonstra sinais de abrandamento, sendo o valor mais baixo desde o início do segundo trimestre de 2019.

Quanto à carteira de crédito, o rácio bruto de NPL caiu de 7,8% em março de 2019 para 4,5% em março de 2020. O rácio bruto de créditos não performantes há mais de 90 dias fixou-se em 2,6%. A cobertura por imparidades fixou-se em 123,8%

O banco acabou o primeiro trimestre do ano com 2,5 mil milhões de euros de crédito malparado, o que representa uma redução dos NPL de oito mil milhões de euros desde 2016.

Os ativos imobiliários que a CGD tem no balanço para colocar no mercado somou, em março de 2020, os 539 milhões de euros, o que representa uma queda homóloga de 25%.

O rácio de capital CET1 ascendeu a 16,6% e o rácio de capital total fixou-se em 19,2%.

Em termos de eficiência, o rácio cost to income foi de 49% e, em termos de rentabilidade, o ROE fixou-se em 4,5%.

(atualizada com mais informação)

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