[weglot_switcher]

Lucros da EDP descem 1% para 512 milhões em 2019

Já o lucro recorrente subiu 7% para 854 milhões de euros refletindo a subida de 13% do EBTIDA. “Foi um ano de boa performance e de boa capacidade de entrega dos compromissos que assumimos”, disse António Mexia. Operação em Portugal com resultado negativo pelo segundo ano consecutivo.
  • Cristina Bernardo
20 Fevereiro 2020, 17h13

A EDP anunciou hoje uma queda de 1% nos lucros para 512 milhões de euros em 2019, face a período homólogo.

“Foi um ano de boa performance e de boa capacidade de entrega dos compromissos que assumimos. Os resultados só foram possíveis pela aposta que fizemos nas renováveis há mais de uma década, e pela internacionalização da companhia. Os resultados em Portugal foram negativos pelo segundo ano consecutivo [98 milhões de euros impactado pela provisão de Sines e do Fridão e pouca chuva em 2019]”, disse o presidente executivo da EDP, António Mexia, em conferência de imprensa.

“Resultados recorde da EDP Renováveis, EDP Brasil. Foco nas renováveis, e na expansão internacional”, destacou o gestor.

A EDP Renováveis registou uma subida de 52% dos lucros para 475 milhões de euros, enquanto o resultado da EDP Brasil subiu 5% para 1.338 milhões de reais.

A operação em Portugal registou prejuízos pelo segundo ano consecutivo: menos 98 milhões de euros impactados pela imparidade em Sines (-94 milhões), provisão no projeto de barragem do Fridão (-59 milhões) e baixos volumes hídricos .

António Mexia também destacou o peso no resultado de 220 milhões de euros de impostos criados a partir de 2014.

Já o lucro recorrente subiu 7% para 854 milhões de euros refletindo a subida de 13% do EBTIDA, mas também “uma normalização da taxa efectiva de imposto e um aumento do custo médio da dívida em 10 pb para 3,9%, penalizado pelo custo mais alto da emissão em Janeiro de mil milhões de obrigações híbridas verdes”, segundo a apresentação da companhia.

A produção de eletricidade da EDP recuou 7% em 2019 devido à falta de chuva tanto em Portugal e Espanha como no Brasil. A produção recuou para 66,7 terawatts hora em 2019.

Este recuo deveu-se essencialmente à quebra da produção hídrica em 27% para 14 mil gigawatts hora (GWh), com a produção hídrica a cair 27% na Península Ibérica e a descer 26% no Brasil.

Por sua vez, a produção eólica subiu 6% para quase 30 mil gigawatts hora. Por regiões, o maior crescimento percentual teve lugar no Brasil (42%).

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/edp-barragens-com-quebra-de-27-por-falta-de-chuva-producao-a-carvao-recua-49-em-portugal-e-espanha-538584

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.