A papeleira Europac fechou o primeiro trimestre de 2018 com um lucro de 25 milhões de euros, o que representa uma subida de 126% face a igual período do ano passado.
Depois de ter aprovado as contas, o grupo Europac revelou ter fechado os primeiros três meses deste ano com uma faturação agregada de 318 milhões de euros, o que representou um crescimento de 13% face ao período homólogo de 2017.
Por seu turno, os EBITDA consolidado e recorrente da Europac aumentaram 59% e 70%, para os 49 e 50 milhões de euros, respetivamente.
“As subidas do preço de venda do papel e a redução do preço do papel recuperado como matéria-prima traduziram-se num aumento da margem EBITDA de 6,2 pontos percentuais, para os 21%. O EBIT consolidado alcançou os 37 milhões de euros, quase o dobro do registado no primeiro trimestre do ano passado”, destaca um comunicado da Europac.
José Miguel Isidro, presidente da Europac, sublinha que “é o melhor trimestre da história da empresa”.
“Contudo é preciso ter em conta que é um resultado que compara com o primeiro trimestre de 2017, um ano que evoluiu de menos para mais. Comparando com o último trimestre de 2017, o resultado reflete a tendência gradual de crescimento sustentável num contexto de mercado que tem melhorado trimestre a trimestre”, acrescenta este responsável.
Neste sentido, o crescimento do EBITDA recorrente, em relação ao último trimestre de 2017, foi de 18%.
O presidente da empresa salienta ainda que “as perspetivas para 2018 são positivas e acreditamos que o atual contexto de mercado, com preços de venda de papel altos e um aumento da disponibilidade de matéria-prima, vai continuar a impulsionar os resultados da divisão Papel, que tem o seu reverso da moeda na divisão Packaging, que continua a trabalhar na difícil tarefa de transferir para os clientes o aumento das matérias-primas para recuperar as margens”.
De acordo com o comunicado da Europac, na divisão Papel “continua a solidez da procura e a melhoria sustentável dos preços de venda num contexto de maior volume de produção”.
“Em relação ao papel ‘kraft’, as exportações dos Estados Unidos para a Europa caíram 12% em acumulado até ao mês de fevereiro, contribuindo para sustentar a tensão dos preços num mercado europeu com oferta deficitária. No papel reciclado, as expedições cresceram cerca de 3% numa conjuntura de ‘stocks’ ligeiramente inferiores aos de 2017, constatando que a procura do mercado absorveu as novas capacidades de produção do ano passado”, acrescenta o referido documento.
Sobre as matérias-primas, os responsáveis da Europac entendem que “a mudança no mercado devido às restrições da China à importação de papel recuperado, que caiu 53%, nos primeiros três meses do ano, provocou um aumento dos ‘stocks’ de 15% em relação ao primeiro trimestre de 2017”.
“Neste contexto de maior disponibilidade, o preço médio do papel recuperado, nos três primeiros meses deste exercício, caiu 21 euros por tonelada em relação há um ano”, adianta o mesmo comunicado.
Por seu turno, a divisão ‘Packaging’ da Europac, “registou um crescimento de volume de produção em todos os países e incrementou as vendas em 7%”.
“Ainda assim, a sua evolução foi prejudicada pelos aumentos dos preços de venda do papel. Enquanto se continua a trabalhar na transferência para o mercado da subida de preço da matéria-prima, vão ser implementadas novas aplicações e desenvolvimento de produto que contribuam para melhorar as margens de venda”, avançam os responsáveis da Europac.
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