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Lucros da Galp descem 10% no primeiro trimestre

A produção de petróleo e gás natural subiu 2% entre janeiro e março, mas as vendas de combustíveis desceram 23%.
26 Abril 2021, 07h43

Os lucros da Galp recuaram 10% dos 29 milhões em período homólogo para os 26 milhões de euros no primeiro trimestre, anunciou hoje a petrolífera portuguesa.

O RCA EBITDA subiu 6,3% para 499 milhões de euros no primeiro trimestre, impulsionado pela subida de 2% da produção de petróleo e gás natural para 125 mil barris diários.

Dividindo por segmentos, o EBITDA do ‘upstream’ subiu 53% devido à subida dos preços do petróleo, compensando a menor produção, e também a desvalorização do dólar face ao euro.

No segmento ‘comercial’, o EBTIDA recuou 23% para 69 milhões de euros devido à queda nas vendas de combustíveis e gás natural “em consequência das medidas de confinamento registadas na Ibéria durante o período”.

Na ‘refinação e midstream’, o EBITDA foi de seis milhões negativos, menos 96 milhões face à “contribuição negativa da refinação, refletindo o contexto desfavorável de margens de refinação, e pela menor contribuição do midstream, no seguimento de restrições relacionadas com o aprovisionamento de gás natural, de efeitos negativos relacionados com o desfasamento das fórmulas de pricing de produtos petrolíferos, e do acréscimo de custos de regaseificação em Portugal”.

Já no segmento renováveis & novos negócios, a empresa sinaliza que todas as centrais de energia solar voltaram a operar normalmente no final do primeiro trimestre, sem impacto “relevante” no EBITDA.

A petrolífera portuguesa  fechou no primeiro trimestre a venda de 75% da Galp Gás Natural Distribuição, com a Galp a receber 343 milhões de euros, com os restantes 25 milhões a serem esperados no segundo trimestre.

Já o cash flow operacional ajustado da Galp subiu 46% para 445 milhões de euros, “no
seguimento da melhoria do contexto verificado no segmento upstream, o qual
mais do que compensou a contração sentida no downstream”, segundo a empresa.

“Estes resultados trimestrais, alcançados em condições macro ainda muito desafiantes, denotam uma saudável melhoria, mesmo se comparados com os do mesmo trimestre de 2020, quando apenas tínhamos sentido o impacto inicial dos extraordinários acontecimentos desse ano. A posição financeira da Galp melhorou e as medidas que tomámos para ajustar o nosso portfolio e para incutir disciplina nos custos tornaram-nos mais fortes para os desafios que ainda temos pela frente”, disse o presidente executivo da petrolífera em comunicado.

“Continuámos a abraçar a mudança e a avançar nos nossos principais projetos, suportados por uma carteira ímpar de ativos e pelas nossas pessoas. A viagem continuará a ser dura, mas estou confiante de que Galp está bem posicionado para prosperar através da transição energética e para criar um futuro do qual nos possamos orgulhar”, segundo Andy Brown.

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