O resultado líquido da Ramada Investimentos contraiu no primeiro semestre 94,2% em termos homólogos para 3,7 milhões de euros.
Em comunicado divulgado pela Comissão do Mercado dos Valores Imobiliários (CMVM), a Ramada explicou o setor da Indústria foi o que mais penalizou os resultados semestrais, que foram pautados “por uma fase mais negativa, agravada pela herança do período homólogo do ano 2018 que foi o melhor semestre de vendas de sempre”.
“A conjugação de um abrandamento do mercado e da estagnação da procura de aços e serviços prestados, fortemente influenciados pelas dificuldades no segmento de Moldes & Ferramentas, com um período comparativo de forte crescimento do mercado e do negócio, deixou o Grupo numa posição desfavorável”, explicou a empresa liderada por João Manuel Matos Borges de Oliveira.
No segmento da indústria, as receitas caíram 13,2%, para 55,8 milhões de euros. O resultado líquido seguiu a mesma tendência, contraindo cerca de 97% para dois milhões de euros.
“O segmento dos Moldes e Ferramentas, que constitui uma peça fundamental no negócio dos Aços, encerrou o ano com notas negativas e, consequentemente, iniciou 2019 com condições muito adversas em que a estagnação do mercado reduziu drasticamente a compra de matérias primas e a subcontratação de serviços de maquinação”, disse a empresa
“A crise de identidade da indústria automóvel iniciada em junho de 2018 ainda não teve uma melhoria significativa. As quebras de vendas de automóveis ligeiros prolongaram-se no primeiro semestre de 2019 na China e na Europa, o que levou as OEM’s a atrasar os projetos de investimento em novos modelos e a deslocar sucessivamente para o futuro próximo a anunciada eletrificação das frotas. Esta tendência marcou o primeiro semestre e penalizou significativamente o desempenho das empresas do Grupo tanto na venda de materiais como na prestação de serviços de maquinação”, salientou a Ramada Investimentos.
No segmento imobiliário, as receitas aumentaram 2,2%, para 3,5 milhões de euros, mas os resultados antes de impostos caíram ligeiramente 0,4%, para 2,2 milhões.
O endividamento líquido do Grupo Ramada ascendia, em 30 de junho de 2019, a 30 milhões de euros, o que compara com os 21,3 milhões em dezembro de 2018.
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