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Lucros do BAI Cabo Verde subiram 24% para 1,1 milhões de euros em 2019

Apesar deste resultado, a instituição não vai distribuir dividendos aos acionistas, desde logo cumprindo uma determinação do banco central cabo-verdiano, para constituição de reservas devido à crise economia e financeira provocada pela pandemia.
1 Julho 2020, 20h11

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) Cabo Verde, participado pela petrolífera Sonangol, registou lucros de mais de 1,1 milhão de euros em 2019, um crescimento de 24,2% face ao ano anterior, segundo o relatório e contas.

Apesar deste resultado, a instituição não vai distribuir dividendos aos acionistas, desde logo cumprindo uma determinação do banco central cabo-verdiano, para constituição de reservas devido à crise economia e financeira provocada pela pandemia de covid-19.

A instituição fechou 2019 com um resultado líquido de quase 124,7 milhões de escudos (mais de 1,1 milhão de euros), tendo a administração decidido aplicar 15% desse valor para cobertura dos prejuízos de exercícios anteriores, outros 15% a Reserva Legal, 8% na Reserva de Estabilização de Dividendos e 62% para Reservas Livres.

O BAI Cabo Verde é detido em 83,9% pelo BAI (Angola), com a petrolífera Sonangol Cabo Verde a deter uma quota de 13,5% e a Sociedade de Investimentos SOGEI uma participação de 2,7%.

De acordo com o relatório e contas, o ativo líquido do BAI cresceu 8,7% em 2019, para 22.407 milhões de escudos (202,8 milhões de euros), o crédito líquido aumentou 3,9%, para 9.547 milhões de escudos (86,5 milhões de euros), e os depósitos dos clientes subiram 16,8%, chegando a 14.037 milhões de escudos (129,8 milhões de euros).

A instituição melhorou ainda o rácio de crédito vencido, que passou de 7,2% para 6,5% sobre o crédito total no final de 2019, para uma média do mercado cabo-verdiano que ronda os 12%, enquanto o rácio de solvabilidade chegou aos 14,1%, acima do limite regulamentar de 12%, o que segundo o BAI Cabo Verde “atesta a solidez financeira do banco”.

O banco fechou as contas de 2019 com um capitais próprios reforçados em 33%, para 1.545 milhões de escudos (14 milhões de euros), um total de 118 trabalhadores (mais 18 face a 2018) e um crescimento de 20,8% no número de clientes, que chegou a 31.704.

A administração do BAI Cabo Verde destaca que apesar do desempenho “positivo” em 2019, a preocupação prende-se agora com o impacto da pandemia nas contas deste ano.

“No que se refere às previsões para o ano de 2020 e o impacto da covid-19 na atividade, nos resultados, nos rácios prudenciais e de liquidez do Banco, foi aprovado o Plano de Contingência e Continuidade de Negócio destinado a projetar medidas de mitigação de riscos de perdas e operacionalizar as referidas medidas ao longo de 2020”, assegura a administração.

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