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Lucros do BCP sobem 61,5% para 301,1 milhões de euros em 2018

O BCP, liderado por Miguel Maya, registou lucros de 301,1 milhões de euros. O banco apresentou uma rentabilidade dos capitais próprios de 5,2%. Destaque para a redução do malparado em 2,1 mil milhões de euros num ano.
  • Miguel A. Lopes/Lusa
21 Fevereiro 2019, 17h16

O Millennium bcp registou lucros de 301,1 milhões de euros em 2018. Em relação a 2017, ano em que os lucros se fixaram em 186,4 milhões de euros, os lucros do banco subiram 61,5%.

A rentabilidade dos capitais próprios melhorou de 3,3% para 5,2%.

As contas apresentadas esta quinta-feira, em Lisboa, não são ainda auditadas e serão aprovadas na próxima Assembleia Geral do banco, que se realizará no dia 22 de maio, em princípio.

O resultado da atividade em Portugal triplica, com contributo de 115,5 milhões de euros para o consolidado e em 2018, comparando com 39,0 milhões de euros em 2017.

Já o resultado da atividade internacional cresce 27,8%, de 146,2 milhões de euros em 2017, para 186,9 milhões de euros em 2018.

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Os resultados operacionais consolidados, que correspondem à diferença entre os proveitos e os custos operacionais, caíram 6,8% em relação a 2017, para 1.159,3 milhões de euros.

As receitas do banco registaram uma evolução positiva face ao ano anterior. A margem financeira, que corresponde à diferença entre os juros obtidos com os depósitos e os juros obtidos com a concessão de crédito, subiu 2,3%, para 1.423,6 milhões de euros.

A margem financeira destacou-se nas operações internacionais do BCP, mercado em que cresceu 6,3%, ascendendo a 620, 3 milhões de euros. Em relação à margem financeira nas operações no mercado nacional, o BCP registou uma quebra 0,6%, para 803,3 milhões.

As comissões fixaram-se nos 684 milhões, isto é, uma variação positiva de 2,6%.

Assim, os proveitos core do Millennium bcp, ascenderam aos 2.107,7 milhões de euros, isto é, cresceram 2,4% em relação a 2017.

Os resultados das operações financeiras caíram cerca de 47%, fixando-se em 78,5 milhões de euros, o que inclui uma menos-avalia de 49,4 milhões na venda de 730 milhões de euros em carteiras crédito de non-performing exposure.

A contrabalançar as receitas estiveram as contribuições obrigatórias que são impostas. O banco teve de pagar 137,9 milhões na totalidade do grupo, incluindo-se, em Portugal, 66,5 milhões de euros, repartidos entre o fundo de resolução europeu (21,2 milhões), para o fundo de resolução e fundo de garantia de depósitos português (12,2 milhões) e a contribuição do setor bancário nacional (33,1 milhões).

Por seu turno, os custos operacionais também aumentaram em igual período. Em 2018, os custos do BCP aumentaram 7,7%, para 1.027,2 milhões de euros.

Os custos com pessoal somaram 592,8 milhões de euros. Destaque para a reposição reposição salarial em Portugal, no valor de 7,5 milhões de euros. Miguel Maya, presidente executivo do BCP, disse que “foi o primeiro ano de reposição salarial”. Salientou ainda que “não é um custo; é um investimento e era um direito que conseguimos executar”.

“Fizemos um esforço muito grande de reestruturação do banco, o que também passou por contenção de investimento e agora tivémos de retomar algum investimento. Mas também quero deixar claríssimo a nossa obsessão em vir a cumprir um rácio de cost-to-income de 40% em 2021. O tema dos custos é um tema do presente e queremos alcançar este rácio também por via do crescimento dos proveitos”, frisou. O CEO anunciou então investimentos que vai fazer em tecnologia, em nome da cybersegurança, e para atrair talento externo. “Esse investimento já começou a ser feito no terceiro e quarto trimestre”, reconheceu.

O rácio de eficência cost-to-income, agravou em 1,5 pontos percentuais, para 45,6%. Na atividade doméstica, este rácio fixou-se nos 46,6%. Miguel Maya voltou a frisar que, até 2021, quer um rácio de eficiência de 40%.

Miguel Maya disse também que os ativos NPE (exposição problemática ao crédito) caíram para 5,5 mil milhões,  uma redução de 2,1 mil milhões face a 2017, dos quais 2 mil milhões decorreram da atividade em Portugal (para 4,8 mil milhões). O CEO destacou ainda o reforço da cobertura por imparidades em 52% e uma cobertura total de 109%.

As imparidades diminuíram em 35% no exercício do ano passado, fixando-se em 601,1 milhões de euros. O custo do risco baixou, por isso, de 1,22% para 0,92%. O BCP terminou o ano de 2018 com um stock de imparidades de 2,9 mil milhões de euros.

Há a destacar ainda o crescimento do valor do negócio com o aumento do crédito performing em 2,2 mil milhões e dos recursos totais dos clientes em 3,7 mil milhões de euros.

(atualizada)

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