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Lufthansa negoceia pacote de estabilização de 9 mil milhões de euros com o governo alemão

O resgate inclui um componente de capital sem direito a voto, conhecido como participação silenciosa, um empréstimo garantido e um aumento de capital que pode deixar o governo alemão com uma participação acionária de até 25%, informou a empresa.
7 Maio 2020, 18h25

A Lufthansa está a negociar com o governo alemão um “pacote de estabilização” de 9 mil milhões de euros através do Fundo Federal de Estabilização Económica da Alemanha. O acordo poderá levar a que o governo alemão fique com uma participação de 25% nas ações da empresa, confirmando um anterior relatório publicado pela agência “Reuters”.

O resgate inclui um componente de capital sem direito a voto, conhecido como participação silenciosa, um empréstimo garantido e um aumento de capital que pode deixar o governo alemão com uma participação acionária de até 25%, informou a empresa.

No comunicado a que a Reuters teve acesso, a empresa revelou que “o Conselho Executivo da Deutsche Lufthansa AG continua as negociações com o objetivo de garantir a viabilidade futura da empresa para benefício dos seus clientes e funcionários”.

Existem ainda várias alternativas de aumento de capital que continuam a ser discutidas, incluindo um aumento no valor nominal da ação se for necessário após um corte de capital, acrescentou a Lufthansa.

Uma das condições de resgate poderá levar a Lufthansa a renunciar futuros pagamentos de dividendos e fornecer representação do conselho de supervisão para membros do fundo de estabilização da Alemanha, disse a companhia.

A pandemia da Covid-19 está a atingir as companhias aéreas um pouco por todo o mundo. Nos Estados Unidos, a American Airlines já demonstrou a sua intenção de pedir ajuda ao Governo que pode ir até aos 11 mil milhões de euros.

Em Portugal, a TAP anunciou no dia 3 de maio a entrada da empresa em regime de lay-off, no qual serão adotadas, pelo menos durante 30 dias, medidas de suspensão temporária da prestação do trabalho para cerca de 90% dos colaboradores. Por sua vez, os restantes 10% que permanecem em serviço vão sofrer uma redução do período normal de trabalho e redução proporcional da remuneração, em 20%.

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