A Lufthansa vai fazer novos cortes na frota de avisões e no número de trabalhadores. A companhia aérea apresentou esta segunda-feira um novo plano de reestruturação à medida que as previsões de recuperação do mercado da aviação continuam pouco animadoras para a empresa alemã findadas as férias de verão.
A crise sanitária e económica originada pelo novo coronavírus forçou a Lufthansa a reduzir o valor dos aviões em garagem em 1,1 mil milhões de euros ao longo dos próximos meses; a cortar a frota em 150 aeronaves (mais 50 do que estava previsto inicialmente) para 650 e a acabar com mais postos de trabalho, de acordo com o documento divulgado esta companhia.
A Lufthansa, que recebeu um resgate de Berlim de 9 mil milhões de euros em junho, estima agora que a capacidade se fixe entre os 20% a 30% no quarto trimestre, o que representa uma revisão em baixa relativamente à previsão anterior de 50%.
Ou seja, à semelhança de outras companhias aéreas europeias, a Lufthansa anteviu que a primeira fase de desconfinamento e os sinais de recuperação da atividade económica eram um bom presságio para a retoma das viagens por parte dos turistas e empresários/trabalhadores. Porém, vários países da Europa enfrentam uma nova vaga do surto que obrigou a novas restrições e desvaneceu as esperanças das transportadoras.
“O contínuo alto nível de incerteza no tráfego aéreo global torna inevitáveis os ajustes de curto prazo à atual situação de mercado no futuro próximo. O conselho de administração considera a expansão dos testes ao coronavírus antes da partida um pré-requisito essencial para a retoma da mobilidade global. Testes consistentes são possíveis, aumentam a segurança dos viajantes e são uma melhor alternativa do que alterar regulamentos de entrada e de quarentena”, referiu a Lufthansa.
Na bolsa de Frankfurt, as ações da Lufthansa encerraram a sessão de hoje com uma queda de 9,5%, para 7,79 euros.
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