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Lukashenko ordena ao Exército que defenda integridade territorial da Bielorrússia

O presidente bielorrusso visitou hoje as unidades militares destacadas em Grodno, na zona ocidental da Bielorrússia, próxima da fronteira com a Polónia, e local de vários protestos da oposição nas últimas semanas, tendo acusado os países ocidentais de estarem a querer impor “uma presidente alternativa” e de estarem a apoiar a oposição com meios militares.
  • Aleksandr Lukashenko
22 Agosto 2020, 12h30

O Presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, ordenou hoje, dia 22 de agosto, ao seu ministro da Defesa para que tome “as medidas mais rígidas” para garantir a defesa da integridade territorial do país, num contexto de crise política no país.

“Ordeno ao Ministro da Defesa para que defenda a ‘joia’ ocidental da Bielorrúsia, cujo centro se encontra em Grodno e que tome as medidas mais rígidas para defender a integridade territorial do nosso país”, disse o presidente bielorrusso, citado pela agência estatal Belta.

Lukashenko, que está no poder há 26 anos, visitou hoje as unidades militares destacadas em Grodno, na zona ocidental da Bielorrússia, próxima da fronteira com a Polónia, e local de vários protestos da oposição nas últimas semanas.

Nessa visita, o presidente bielorrusso acusou os países ocidentais de estarem a querer impor “uma presidente alternativa” e de estarem a apoiar a oposição com meios militares.

“O apoio militar é evidente. Eles estão a deslocar tropas da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] até às nossas fronteiras”, disse.

A crise na Bielorrússia foi desencadeada após as eleições de 9 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziu o presidente Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, para um sexto mandato, com 80% dos votos.

A candidata da oposição à presidência, Svetlana Tikhanovskaya, está refugiada na Lituânia, tendo referido que a votação foi uma fraude, depois de a Comissão Eleitoral lhe ter atribuído 10% dos votos.

Milhares de bielorrussos saíram às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko.

Os protestos têm sido duramente reprimidos pelas forças de segurança, com quase sete mil pessoas detidas, dezenas de feridos e pelo menos três mortos.

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