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Luso-venezuelanos querem regressar à Venezuela

Os luso-venezuelanos estão a passar mais tempo na Madeira, mas na perspetiva de regressar à Venezuela, disse o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho.
7 Outubro 2018, 20h03

“Tem existido uma certa flutuabilidade. Temos algumas pessoas que regressam ou permanecem mais tempo do que normalmente acontecia, na região, e entretanto uns vão regressando à Madeira e outros à Venezuela”, afirmou Jorge Carvalho, citado pela agência Lusa.

Jorge Carvalho falava em Barcelona (320 quilómetros a leste de Caracas), no âmbito de uma visita de cinco dias à Venezuela, integrado na comitiva do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

“Há aqui dois nichos que mantêm um aumento ligeiro, mais acentuado, que tem a ver com o regresso de jovens e idosos, particularmente aqueles que procuram resposta no sistema regional de saúde”, disse.

Jorge Carvalho, que já esteve várias vezes no país, a última delas em julho de 2017, por ocasião das celebrações locais do Dia da Madeira, explicou que a visita atual está enquadrada naquilo que tem sido a política do Governo português para a emigração e particularmente para os emigrantes na Venezuela.

“Integramos a comitiva do senhor secretário de Estado das Comunidades, que vem comunicar um conjunto de apoios para os emigrantes residentes na Venezuela e também para aqueles que pretendam regressar. Esse é o propósito, acima de tudo termos também esta proximidade com os nossos emigrantes, uma palavra de apoio”, sublinhou.

Jorge Carvalho explicou que continua “a percecionar uma comunidade perfeitamente integrada, uma comunidade que é reconhecida, que mantém a esperança de que a Venezuela possa efetivamente voltar a ter a pujança que já teve noutros tempos”. No entanto, admitiu que alguns estão a enfrentar dificuldades, “fruto de alguns constrangimentos”.

“Não é só a comunidade (portuguesa), mas grande parte da população, mas a nossa comunidade sente mais uma vez que está vocacionada para o comércio, o empresariado, obviamente que sente em primeira instância algumas das nuances que o país vai enfrentando”, frisou.

Durante a visita tentará deixar “uma mensagem de esperança a todos os portugueses que optaram pela Venezuela para realizar os seus projetos de vida” de que “tanto o país como a região possuem hoje estruturas do ponto de vista social e económico que permitem enquadrar todos aqueles que procuram regressar”.

“Estamos preparados, temos procurado dar todo o apoio às diferentes situações que nos são colocadas. Procuramos também estar junto da emigração”, concluiu.

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