Dois anos depois dos dois acidentes mortais com as aeronaves Boeing 737 Max, que colocaram todos os aviões do fabricante norte-americano em terra, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, sigla inglesa) permitiu que os Boeing 737 Max voltem a voar, revela a “Reuters”.
A FAA declarou que as atualizações nos softwares, que fizeram com que as aeronaves caíssem e as mudanças nos treinos dos pilotos, permitiram que a Boeing recebesse luz verde para retomar os voos comerciais, após a maior pausa de circulação de aeronaves na história da aviação comercial.
Os dois acidentes do 737 Max, que aconteceram na Indonésia e Etiópia, geraram várias investigações e travaram a liderança dos Estados Unidos na aviação global. Os prejuízos estão estimados em de 20 mil milhões de dólares (16,9 mil milhões de euros), sendo que o fabricante sofreu vários cancelamentos de encomendas e foi obrigado a fazer alterações nas aeronaves.
Com a autorização por parte da FAA, a aeronave mais vendida do fabricante vai retomar os voos ao mesmo tempo que enfrenta a pandemia da Covid-19, novas tarifas comerciais europeias e a desconfiança de uma das empresas que mais escrutínio gera na aviação.
Após a notícia da aprovação, as ações da fabricante já se encontram a valorizar na Bolsa de Valores de Nova Iorque, subindo 1,41% para 213,01 dólares (179,48 euros).
Após a notícia, as famílias das 346 vítimas mortais dos dois acidentes insurgiram-se contra a decisão, demonstrando, em comunicado citado pela “Reuters”, “pura deceção e um luto renovado”.
Com o regresso da aeronave entretanto colocada em stand-by, a companhia aérea American Airlines já está a planear o relançamento do primeiro voo comercial do 737 Max ainda este ano, enquanto a United Airlines quer relançar no primeiro trimestre de 2021 e a Southwest Airlines no segundo trimestre do próximo ano.
Quando regressarem, a Boeing vai monitorizar, durante 24 horas, todos os voos destas aeronaves, de forma a verificar se existem problemas adicionais que possam impactar o regresso definitivo do aparelho. Os reguladores da Europa, Brasil e China vão ter de emitir a sua própria autorização para o regresso da aeronave.
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