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Macron e gigantes tecnológicas pressionam governos para novo tratado

A iniciativa vai ser titulada de ”Apelo de Paris para Confiança e Segurança no Espaço Cibernético”. Com este tratado, Emmanuel Macron antecipa obter uma melhor qualidade na proteção de dados e combate às ameaças.
  • Reuters
12 Novembro 2018, 13h36

A França vai juntar forças com gigantes tecnológicas norte-americanas, como a Microsoft, para pressionar os governos e empresas a nível global a assinar uma nova iniciativa para regular o uso da Internet e censura online e discursos de ódio, noticiou esta segunda feira, a ”Reuters”.

A iniciativa vai ser titulada de ”Apelo de Paris para Confiança e Segurança no Espaço Cibernético” (‘Paris Call for Trust and Security in Cyberspace’, em inglês). Com isto, o presidente francês Emmanuel Macron antecipa obter uma melhor qualidade na proteção de dados depois da última ronda de negociações das Nações Unidas de 2017.

No documento, que é apoiado por muitos países europeus, mas infelizmente não pela China nem pela Rússia, os signatários pressionam os governos a reforçar as proteções contra a interferência cibernética nas eleições e impedir o roubo de segredos relativamente às políticas de trocas comerciais.

“A Internet é um espaço atualmente gerido por uma comunidade técnica de utilizadores privados. Mas não é governado. Então, agora que metade da humanidade está online, precisamos encontrar novas maneiras de gerir e organizar a web”, disse um funcionário do escritório de Macron. “Caso contrário, a Internet como a conhecemos hoje – livre, aberta e segura – será prejudicada pelas novas ameaças”.

Ao lançar a iniciativa um dia depois de um fim de semana de comemorações do 100.º aniversário da Primeira Guerra Mundial, Macron espera promover as suas políticas por uma cooperação global mais forte face ao nacionalismo crescente.

Contudo, Trump mostra sinais de relutância em aderir a iniciativas internacionais. As autoridades francesas prevêem que Washington não adira ao acordo apesar das negociações ainda estarem em curso. As empresas Facebook e Google Alphabet mostraram interesse em assinar o acordo.

“O ecossistema [tecnológico] americano está muito envolvido. Isso não significa que, no final, o governo federal norte-americano não se junte a nós. As negociações continuam, mas os EUA estarão envolvidos de outras formas”, disse outra autoridade francesa.

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