O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, congratulou-se pela ação do Presidente francês Emmanuel Macron pela sua “postura” e “trabalho” muito “notado nas últimas semanas no sentido de “dar passos positivos para que possamos ter paz na Ucrânia, com a Ucrânia, com a Europa”. Montenegro referia-se assim ao encontro de Macron com o presidente norte-americano, Donald Trump, já esta semana – em que foi indicar de viva voz qual é a posição da Europa (ou de alguma Europa) face às negociações de paz entre EUA e Rússia, mas também às iniciativas de juntar alguns países europeus nesse desiderato. Vale a pena não esquecer que Montenegro foi um dos líderes europeus que, não tendo sido convidado para estar presente na primeira reunião no Eliseu, disso deixou nota evidente nas redes sociais. Esteve na segunda, numa altura em que estava de visita ao Brasil, mas essa reunião só serviu para dar aos presentes notícia do que tinha sucedido no primeiro encontro.
Montenegro disse ainda que Macron ajuda a defender um mundo em que “os direitos das pessoas estejam sempre salvaguardados”, referindo-se assim a outras geografias que que não meramente a Ucrânia. Sobre o tema do mar, o primeiro-ministro disse que “mal seria” que esta visita não incluísse esse tema: “97% do nosso território é oceano”, sublinhou. “Não esquecemos as nossas responsabilidades com a importância vital do planeta azul”.
Já no parlamento, e dando exemplo de que é verdadeiro o ditado segundo o qual a pontualidade é da autoria dos britânicos – o encontro com o presidente da Assembleia da República e com os líderes dos partidos que o compõem começou com mais de uma hora de atraso – deixou no Livro de Honra, segundo a Lusa, uma mensagem destacando “a amizade entre França e Portugal” e o “apego comum” dos dois países à Europa.
Emmanuel Macron, que iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias a Portugal, foi recebido na Assembleia da República com uma cerimónia solene de boas-vindas e honras de Estado.
José Pedro Aguiar-Branco fez por receber o visitante com honras militares, como já tinha sucedido ao início da manhã, e ouvir os hinos de França e Portugal. No Salão Nobre, primeiro ponto de paragem na Assembleia da República, decorreu a sessão de cumprimentos, na qual participaram os vice-presidentes e secretários da Mesa da Assembleia da República, os líderes parlamentares e a deputada única do PAN, além dos presidentes da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, da Comissão de Assuntos Europeus, e do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-França. O único líder parlamentar que não compareceu à sessão de cumprimentos foi o do partido de André Ventura, Pedro Pinto.
“Feliz por ter estado ao vosso lado com o intuito de celebrar, neste lugar emblemático da democracia portuguesa, a amizade entre França e Portugal e o nosso apego comum à nossa Europa”. “Com amizade”, terminou, após o que se seguiu um encontro privado no gabinete de Aguiar-Branco, de cerca de 15 minutos. Finalmente, Macron e Aguiar-Branco deslocaram-se à sala das sessões para tirar a fotografia oficial. Inicialmente esteve prevista a realização de uma sessão solene no parlamento português, com as presenças do Presidente da República e do primeiro-ministro, na qual Emmanuel Macron discursaria, mas acabou por não se realizar. Aliás, todos os discursos previstos foram ‘cortados’: do presidente da Fundação Azul, de Macron e de Montenegro.
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