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Madeira: Calos Pereira garante manter pressão sobre Estado para concessão de aval à Região

Neste sentido disse que é justo que o que o país reclama da União Europeia possa ser o mesmo que o país executa para as suas regiões.
12 Outubro 2020, 13h05

O deputado do PS-Madeira na Assembleia da República Carlos Pereira, garantiu em comunicado que vai manter a pressão junto do Estado para que este conceda o aval ao empréstimo de 458 milhões de euros para que a Região possa fazer face à crise económica e social consequente da pandemia da Covid-19.

“Da minha parte irei manter a pressão e os argumentos com o propósito de alcançar este objetivo de concessão de aval. Ficarei muito desiludido se não levarmos este objetivo a bom porto”, salientou.

Carlos Pereira vincou que não mudou de opinião e que as abordagens realizadas junto do governo “não foram para mediatismo interno”.

“Mantenho o que afirmei junto do ministro das finanças: a Região Autónoma da Madeira tem um serviço da dívida excessivo que impede a margem necessária para aplicar medidas anti cíclicas de combate aos efeitos da pandemia junto das empresas e das famílias. Se a dívida muito elevada é consequência de opções políticas desastradas, a crise pandémica não é responsabilidade de nenhum governo, nem mesmo do da Madeira”, reforçou.

Neste sentido disse que é justo que o que o país reclama da União Europeia possa ser o mesmo que o país executa para as suas regiões.

“Foi extraordinário a conquista, muito pela influência e determinação de António Costa, junto da UE de meios a fundo perdido. Além disso, as exigências do défice e da dívida foram suspensas até o PIB atingir os valores antes da crise pandémica ajudando os países (sobretudo Portugal com dívida elevada) a ultrapassar as dificuldades. Se aceitamos como óbvia e adequada esta abordagem então o aval à Região ao empréstimo para fazer face ao embate da Covid-19 também tem de ser encarado como uma atitude racional e adequada”, frisou.

O deputado afirmou ainda que as negociações devem continuar entre os dois governos e que perante a urgência dos meios o Governo Regional deve contrair o empréstimo, assegurando que logo que haja uma decisão com suporte legal para o aval, o serviço da dívida seja reduzido com base na garantia do Estado. Mais diz que nada impede que a qualquer momento seja introduzido o aval num qualquer empréstimo (uma espécie de reestruturação).

Por fim, o deputado referiu que “talvez fosse útil alguém explicar afinal o que andou o Presidente da República a conversar com Miguel Albuquerque qua anunciou que tudo estaria resolvido. Não me digam que não falam ambos português”.

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