O presidente do Governo da Madeira tem a expetativa que a região receba cerca de 200 mil vacinas, das 22 milhões de doses que Portugal deve adquirir à União Europeia. “Neste momento a região não pode contar com o Estado português”, disse o governante quando questionado sobre quem vai pagar as vacinas contra o coronavírus, reforçando que “deve ser a Madeira a arcar com os custos da vacina”
Albuquerque disse que a região já constituiu um grupo de trabalho, com sete elementos, que será apresentado esta quinta-feira.
Este grupo de trabalho, para a vacina covid-19, que será apresentado amanhã, será responsável por operacionalizar todo o procedimento para receber e distribuir a vacina.
O governante esclareceu ainda a dupla testagem, que foi estendida por um período de 15 dias, aos residentes e emigrantes, que desembarquem na região, e a obrigatoriedade de isolamento até se saber o resultado do segundo teste.
Albuquerque disse que os casos de transmissão local, que estão a acontecer na Madeira (dos 169 casos ativos 120 são de transmissão local), têm tido origem “em residentes, ou concidadãos emigrantes que regressam à Madeira para o seio da família”.
O governante disse que “é na família e no trabalho que estas transmissões tiveram origem”, reforçando que é preciso “incidir esta dupla testagem nos residentes e emigrantes que regressam, garantindo o isolamento destas pessoas nas melhores condições, de modo a evitar contactos”.
Albuquerque reforçou que é preciso “manter este ciclo controlado”.
O líder do executivo madeirense diz que a testagem ao covid-19 na região “é o dobro” da nacional, mas que é preciso existir racionalidade na testagem.
“Temos feito em profissões de mais risco, nos sítios certos, como os aeroportos e nos portos”, explicou.
O líder do executivo madeirense diz que a região quer evitar confinamentos, tal como está a acontecer no território continental.
Já no que diz respeito ao Aeroporto da Madeira, Albuquerque disse que existem 25 estações montadas para testagem de covid-19, e que “está tudo preparado” para o aumento de visitantes que se espera por altura do natal na Madeira.
Madeira cancela vários eventos e permite festejos no final do ano
O Governo da Madeira anunciou esta quarta-feira mais uma série de medidas que visa conter a propagação do coronavírus. Estão canceladas as noites do mercado, em todos os concelhos, circos, parques de diversões, e a corrida de são silvestre.
Apesar do cancelamento das noites do mercado, nos diversos concelhos da região, o líder do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse que os mercados vão permanecer abertos, nos horários habituais, embora estejam obrigados a apresentar planos de contingências à autoridade regional de saúde.
Será permitida a venda de frescos e pinheiros, embora estando também sujeitos ao respeito pelas normas das autoridades de saúde.
Mantém-se também o fogo de artifício no final do ano, e para “evitar concentrações apelamos e recomendamos para que a população celebre a partir das suas residências”, disse Albuquerque.
Contudo Albuquerque disse que o Governo vai apresentar um plano de delimitação de espaços públicos, para que se cumpra o distanciamento social.
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