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Madeira investe cinco milhões de euros em helicóptero de combate a incêndios por três anos

O secretário regional da Saúde e Proteção Civil sublinhou que, enquanto decorre o concurso internacional, o executivo avançou com a contração por ajuste direto de um helicóptero ‘multi-mission’, no valor de 695 mil euros, que vai operar no arquipélago até 14 de novembro.
17 Junho 2021, 11h36

A Madeira vai investir cinco milhões de euros num helicóptero de combate a incêndios florestais, nos próximos três anos.

“Estamos na fase em que comprovamos que o meio aéreo é importante na região, não só para combate a incêndios, mas também para outras funções”, disse Pedro Ramos, na apresentação do Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais (POCIF 2021), no Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal.

O POCIF vigora entre 15 de junho e 31 de dezembro, mas o executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, pretende manter o helicóptero operacional pelo menos nos próximos três anos.

Pedro Ramos explicou que, enquanto decorre o concurso internacional, o executivo avançou com a contração por ajuste direto de um helicóptero ‘multi-mission’, no valor de 695 mil euros, que vai operar no arquipélago até 14 de novembro.

Simultaneamente, procedeu à contração de outro meio aéreo, orçamentado em 252 mil euros, para formação de novas equipas helitransportadas, com atividade entre 07 de junho e 05 de agosto.

“Este é um ano diferente, estamos a atravessar ainda a pandemia de covid-19, mas temos um meio aéreo para combate a fogos e outro para formação dos profissionais”, disse Pedro Ramos, sublinhando que o investimento é suportado pelo Orçamento da Região Autónoma da Madeira.

O helicóptero ‘multi-mission’ opera com uma equipa de oito elementos, habilitada para combate a incêndios florestais, busca e salvamento, resgate em montanha e transporte de equipas de socorro.

No total, a equipa helitransportada ao serviço da Proteção Civil da Madeira é composta por 22 elementos e será, em breve, reforçada com mais dez operacionais.

A utilização de meios aéreos para combate aos fogos foi durante muitos anos motivo de discussão na Madeira, por se duvidar da capacidade de operacionalização e eficiência, devido à acentuada orografia da ilha e aos ventos registados na região, mas, ao serem introduzidos, em 2018, revelaram-se eficazes.

O Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais da Madeira entrou em vigor na terça-feira com um dispositivo de intervenção permanente, podendo vir a ser reforçado caso seja necessário, sendo que os meios humanos representam um investimento de 1,1 milhões de euros.

O POCIF visa, entre outros objetivos, “garantir a permanente segurança dos cidadãos, a salvaguarda dos seus bens, do património e do ambiente aquando da ocorrência de incêndios rurais e florestais”.

O plano tem aplicação em todo o território da Região Autónoma da Madeira e assenta na especial cooperação e articulação dos municípios, corpos de bombeiros, agentes, organismos e instituições que concorrem para a defesa do ambiente da floresta contra incêndios, nomeadamente o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, Comando Territorial da Madeira da GNR, Forças Armadas e o Comando Regional da PSP.

Em 2020, o POCIF envolveu mais de quatro mil equipas operacionais, num total 12 mil profissionais, que percorreram uma distância de 274 mil quilómetros em ações de vigilância e combate a fogos.

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