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Madeira lamenta não estar incluída no calendário de grandes eventos da Presidência Portuguesa da UE

Para Pedro Calado, “no momento presente, em que deveria ser dado especial enfoque à coesão territorial, social e geográfica, não é positivo estar a excluir as regiões autónomas deste calendário de grandes eventos que estão previstos para o País”.
23 Outubro 2020, 13h16

O Vice-Presidente do Governo Regional, Pedro Calado, lamentou, esta sexta-feira, o facto da reunião do Conselho Informal dos Assuntos Gerais e da Coesão, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE21), inicialmente agendada para a Madeira, tenha sido, agora, transferida para Coimbra.

Pedro Calado recordou que Portugal vai assumir a Presidência da União Europeia, pelo período de seis meses, já a partir do próximo dia 1 de janeiro de 2021. “Uma análise ao calendário de eventos que está a ser definido, a realizar no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, permite verificar uma exclusão da Região Autónoma da Madeira das principais iniciativas a realizar no nosso país, nomeadamente, os conselhos informais, que se encontram ‘confinados’ à parte continental do país, esquecendo as suas regiões autónomas”.

O governante, que participou, esta manhã, no grupo de trabalho político da Comissão Interministerial de Assuntos Europeus, deu conta da decisão de cancelar a reunião na Madeira, pela boca da secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, afirmando “não entender as razões para que a Região Autónoma da Madeira esteja praticamente excluída da realização destes grandes eventos que estão previstos no âmbito da PPUE21”.

O Vice-Presidente do Governo Regional sublinhou que “chegou a estar agendado um Conselho Informal dos Assuntos Gerais e da Coesão para o Funchal, que passou para Coimbra e, agora, também a conferência, ao mais alto nível, sobre a lei do clima, também poderá passar para Lisboa”.

A confirmar-se esta decisão, “a Região deixa de ter qualquer evento deste lado do Atlântico, o que é de lamentar, atendendo à importância das regiões ultraperiféricas e das regiões autónomas, sobretudo num momento tão particular, em que deve ser dada atenção a todas as regiões”.

Para Pedro Calado, “no momento presente, em que deveria ser dado especial enfoque à coesão territorial, social e geográfica, não é positivo estar a excluir as regiões autónomas deste calendário de grandes eventos que estão previstos para o País”.

Para já, o governante disse que teve, da parte da secretária de Estado dos Assuntos Europeus a garantia de que estão a trabalhar no sentido de ser possível a realização de um evento relevante na Madeira e que a preocupação que a Madeira deixou deverá ser atendida.

Além da secretária de Estado dos Assuntos Europeus e de Pedro Calado, participaram, nesta reunião, vários outros secretários de Estado, bem como diversos representantes de diferentes ministérios, assim como membros do Governo Regional dos Açores.

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