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Madeira: Municípios têm de ter acesso direto aos fundos comunitários, defende Paulo Cafôfo

O líder dos socialistas madeirenses aproveitou para criticar o Executivo regional, que se “diz autonomista”, mas “apenas do Funchal para Lisboa”.
28 Setembro 2020, 16h14

O presidente do Partido Socialista-Madeira defendeu, esta segunda-feira, que os municípios têm de ter acesso direto aos fundos comunitários que a Região irá receber no âmbito da recuperação da atual conjuntura, para poderem desenvolver projetos em prol das populações.

Em conferência de imprensa realizada na Ponta do Sol, Paulo Cafôfo referiu que a Região vai ter acesso a fundos comunitários que serão determinantes para recuperarmos desta crise económica e social que estamos a vivenciar.

“Por desenvolvimento regional entende-se também o desenvolvimento local”, pelo que “os municípios têm de ter acesso a estas verbas para poderem dar a resposta necessária”, afirmou o socialista, sublinhando que a proximidade do poder local é essencial para a recuperação da economia.

O líder dos socialistas madeirenses aproveitou para criticar o Executivo regional, que se “diz autonomista”, mas “apenas do Funchal para Lisboa”.

Na ótica de Paulo Cafôfo, “tem de existir também uma autonomia relativamente aos municípios, porque aquilo que se passa é que este Governo Regional é altamente centralista e o acesso aos fundos comunitários tem de ser garantido, para que as câmaras municipais possam desenvolver projetos em prol da população”.

Nesta fase em que estão a ser definidos os eixos estruturantes para a aplicação dessas verbas, o PS-Madeira entende que não podem existir interesses partidários, em que os “concelhos amigos ou da mesma cor política são os únicos favorecidos, nem pode haver clientelismos, em que as verbas são canalizadas só para algumas empresas, em detrimento de outras”.

“A equidade na distribuição dos fundos é muito importante, bem como a transparência, porque se queremos um desenvolvimento integral de toda a Região, os municípios não podem ser colocados à margem e têm de ter acesso direto a estes fundos, pois só assim é que conseguiremos dar a volta a esta situação menos positiva que estamos a viver”, referiu Paulo Cafôfo.

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