O ministro de Estado, Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, visita esta sexta-feira a Região Autónoma da Madeira. Na agenda estará a assinatura do acordo que oficializa a entrada da Madeira no Banco de Fomento. Contudo as moratórias serão outro dos assuntos a abordar entre executivos nacional e regional. O vice-presidente do Governo da Madeira, Pedro Calado, diz que vai sensibilizar a República no sentido de prolongar o período de moratórias considerando que ainda é muito cedo para estar a levantar as moratórias.
“Estamos numa fase embrionária de recuperação económica. Ainda não tivemos tempo de recuperar economicamente, para começarmos a poder fazer já as amortizações e pagamentos de prestações que tinham ficado suspensas”, disse Pedro Calado.
“Vamos sensibilizar para que as empresas tenham mais um tempo de moratória, para que façam recuperação económica, e daqui a seis meses, nove meses, um ano, com mais tempo, mais recuperação económica, as empresas possam fazer o cumprimento desses planos”, reforçou o governante.
Pedro Calado considerou que “não é oportuno” estarmos a trabalhar para fazer já o pagamento dessas prestações.
“No Governo Regional através da Administração dos Portos da Madeira (APRAM), e de empresas que tinham concessões do Governo Regional, nós isentamos o pagamento dessas rendas. Achamos que não havia capacidade financeira, nem agora nem daqui a seis meses, para fazer pagamento dessas amortizações. Portanto a melhor forma de manter o tecido económico e empresarial a funcionar era fazer essa isenção. Os bancos, compreendo que as instituições financeiras privadas, não possam fazer essas isenções, mas podem com a ajuda do Governo Regional e Estado fazer dilatar no tempo mais um período de moratórias e ajudar desta forma as empresas”, considerou o vice-presidente do Governo da Madeira.
Madeira entra no Banco de Fomento
Sobre o Banco de Fomento, Pedro Calado disse ser um passo importante, referindo que a Madeira terá as mesmas condições que o restante território nacional. “O objetivo é fazer que todos os projetos a nível nacional de apoio ao setor empresarial, que estejam acessível a todas as empresas da região”, disse o governante.
“O objetivo era por a Madeira no Banco de Fomento para nós participarmos em todas as decisões, todas as áreas estratégicas, de apoio ao tecido empresarial, e que a Madeira tivesse as mesmas oportunidades e condições que tem no Continente e nos Açores”, sublinhou Pedro Calado.
“Não interessa a percentagem no capital social, desde que no conselho de administração e que nos órgãos de decisão, a região tenha presença e uma palavra a dizer sobre essas linhas de apoio”, acrescentou o governante.
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