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Madeira pede prolongamento das moratórias

O vice-presidente do Governo da Madeira diz que vai tentar sensibilizar a República no sentido de as empresas beneficiaram de mais tempo de moratórias. Pedro Calado diz que se está numa fase embrionária de recuperação económica pelo que “ainda não tivemos tempo de recuperar economicamente, para começarmos a poder fazer já as amortizações e pagamentos de prestações que tinham ficado suspensas”.
30 Julho 2021, 09h38

O ministro de Estado, Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, visita esta sexta-feira a Região Autónoma da Madeira. Na agenda estará a assinatura do acordo que oficializa a entrada da Madeira no Banco de Fomento. Contudo as moratórias serão outro dos assuntos a abordar entre executivos nacional e regional. O vice-presidente do Governo da Madeira, Pedro Calado, diz que vai sensibilizar a República no sentido de prolongar o período de moratórias considerando que ainda é muito cedo para estar a levantar as moratórias.

“Estamos numa fase embrionária de recuperação económica. Ainda não tivemos tempo de recuperar economicamente, para começarmos a poder fazer já as amortizações e pagamentos de prestações que tinham ficado suspensas”, disse Pedro Calado.

“Vamos sensibilizar para que as empresas tenham mais um tempo de moratória, para que façam recuperação económica, e daqui a seis meses, nove meses, um ano, com mais tempo, mais recuperação económica, as empresas possam fazer o cumprimento desses planos”, reforçou o governante.

Pedro Calado considerou que “não é oportuno” estarmos a trabalhar para fazer já o pagamento dessas prestações.

“No Governo Regional através da Administração dos Portos da Madeira (APRAM), e de empresas que tinham concessões do Governo Regional, nós isentamos o pagamento dessas rendas. Achamos que não havia capacidade financeira, nem agora nem daqui a seis meses, para fazer pagamento dessas amortizações. Portanto a melhor forma de manter o tecido económico e empresarial a funcionar era fazer essa isenção. Os bancos, compreendo que as instituições financeiras privadas, não possam fazer essas isenções, mas podem com a ajuda do Governo Regional e Estado fazer dilatar no tempo mais um período de moratórias e ajudar desta forma as empresas”, considerou o vice-presidente do Governo da Madeira.

Madeira entra no Banco de Fomento

Sobre o Banco de Fomento, Pedro Calado disse ser um passo importante, referindo que a Madeira terá as mesmas condições que o restante território nacional. “O objetivo é fazer que todos os projetos a nível nacional de apoio ao setor empresarial, que estejam acessível a todas as empresas da região”, disse o governante.

“O objetivo era por a Madeira no Banco de Fomento para nós participarmos em todas as decisões, todas as áreas estratégicas, de apoio ao tecido empresarial, e que a Madeira tivesse as mesmas oportunidades e condições que tem no Continente e nos Açores”, sublinhou Pedro Calado.

“Não interessa a percentagem no capital social, desde que no conselho de administração e que nos órgãos de decisão, a região tenha presença e uma palavra a dizer sobre essas linhas de apoio”, acrescentou o governante.

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