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Maior cadeia de cinemas norte-americana em risco de insolvência

A cadeia de cinemas, que se viu obrigada a encerrar várias salas ainda no início do ano, prevê perdas entre 1,9 mil milhões de euros e 2,1 mil milhões de euros durante o primeiro trimestre. 
4 Junho 2020, 16h26

Os cinemas AMC, uma das maiores cadeias norte-americanas de cinemas, avançaram que o novo coronavírus causou grandes quebras nas receitas e que os seus administradores têm “dúvidas substanciais” de que continue no negócio depois de fechar várias localizações no mundo, avança a ‘CNN’.

A cadeia de cinemas, que se viu obrigada a encerrar várias salas ainda no início do ano, prevê perdas entre 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) e 2,4 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) durante o primeiro trimestre.

Devido ao encerramento ainda no primeiro trimestre, a receita da empresa caiu 22% para 941,5 milhões de dólares (833 milhões de euros) face aos 1,2 mil milhões de dólares (1,06 mil milhões de euros) que registaram no trimestre homólogo.

“Efetivamente, não estamos a gerar receitas”, apontou a empresa num relatório a que a ‘CNN’ teve acesso. A explicação prende-se, à semelhança com Portugal, dos cinemas terem encerrado sem previsões de reabertura, além das grandes produtoras terem adiado o lançamento de diversos filmes, o que também contribuiu para uma reabertura mais tardia.

A empresa vai ainda continuar a avaliar o “levantamento de várias restrições operacionais do governo [norte-americano]”. Ainda assim, mesmo sem restrições, os estúdios cinematográficos adiaram a calendarização da exibição de novos filmes para depois do verão.

Por exemplo, o filme da Marvel, ‘Viúva Negra’, tinha estreia mundial agendada para 1 de maio mas, devido à pandemia, teve de adiar a estreia para 6 de novembro. O último filme de James Bond ‘Sem Tempo para Morrer’ iria estrear em abril, mas foi adiado para 25 de novembro. Também ‘Top Gun: Maverick’, a sequela de ‘Ases Indomáveis’ de 1986 estava previsto chegar aos cinema a 24 de junho, mas foi adiado para 23 de dezembro.

“Mesmo que as restrições governamentais sejam levantadas em certas jurisdições, os distribuidores podem atrasar o lançamento de novos filmes até que as restrições operacionais sejam suavizadas mais amplamente no mercado norte-americano e internacional, o que pode limitar ainda mais as nossas operações”, garantiu a empresa.

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