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Maior estímulo fiscal na China abre o ‘apetite’ em Wall Street

Contudo, os investidores continuam preocupados com a perspetiva de que as duras negociações do presidente Donald Trump sobre o comércio com Pequim e outros países possam vir a empurrar a economia de volta a uma recessão.
  • Reuters
11 Junho 2019, 15h03

A bolsa de Wall Street está a recuar em direção a um território recorde esta terça-feira, face aos sinais de um maior estímulo fiscal da China e uma diminuição das tensões verificadas na semana passada em redor do México.

“A China anunciou esta terça-feira que vai incentivar um maior investimento público em infraestruturas a catalisar os ganhos”, refere Ramiro Loureiro, analista de mercados millennium investment banking.

O tecnológico Nasdaq valorizou 0,84% para 7.889,15 pontos, o alargado S&P 500 cresceu 0,66% para 2.905,92 pontos e o industrial Dow Jones subiu 0,49%, para 26.190,00 pontos.

“O mercado atualmente continua a subir. Há uma combinação de fatores em jogo, houve tarifas do México, tendo sido levantadas pelo plano de estímulo chinês hoje”, afirmou Peter Cardillo, economista chefe de mercado da Spartan Capital Securities em Nova Iorque.

Contudo, os investidores continuam preocupados com a perspetiva de que as duras negociações do presidente Donald Trump sobre comércio com Pequim e outros países possam vir a empurrar a economia de volta a uma recessão.

“No panorama da guerra comercial Trump ameaça com a imposição de novas tarifas à China caso o presidente Xi Jinping não compareça à reunião do G20 que terá lugar no final deste mês no Japão, mas a decisão do presidente americano de suspender indefinidamente a aplicação de novas tarifas ao México foi bem recebida”, explica Ramiro Loureiro.

Donald Trump salientou na noite de segunda-feira que estava pronto para impor uma nova ronda de tarifas sobre as importações chinesas se não houvesse um progresso nas negociações com o presidente chinês, Xi Jinping, na cimeira do G20, que vai decorrer em Osaka, no Japão entre 28 e 29 de junho.

O presidente dos Estados Unidos espera encontrar-se com Xi Jinping, embora a China ainda não tenha confirmado nenhuma dessas reuniões.

A China ajudou na recuperação das ações asiáticas e europeias na terça-feira, depois de permitir que os Governos locais usassem recursos de títulos especiais para grandes projetos de investimento numa tentativa de apoiar a desaceleração da economia.

Esta notícia levou as ações nos Estados Unidos do grupo Alibaba a subirem cerca de 2% nas negociações de pré-mercado. Já a Symantec caiu 5,5% depois da Morgan Stanley ter baixado as ações da fabricante de softwares de antivírus.

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