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Maiores bancos gregos passaram os testes de stress do BCE

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o Banco Nacional da Grécia e os bancos Piraeus, Alpha e Eurobank Ergasias passaram os testes de cenário adverso.
6 Maio 2018, 10h00

Os maiores bancos da Grécia resistiram aos testes de stress do Banco Central Europeu (BCE), aliviando as preocupações dos líderes europeus nas vésperas da saída do país do programa de assistência financeira, em agosto, noticia a Bloomberg.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o Banco Nacional da Grécia e os bancos Piraeus, Alpha e Eurobank Ergasias passaram os testes de cenário adverso, que os colocava perante uma nova recessão económica e um colapso nos preços imobiliários.

Os resultados significam que quase 20 mil milhões de euros de fundos que estavam salvaguardados vão agora poder ser usados para outros propósitos, explica a agência de informação, citando o BCE.

Entre os principais desafios da banca grega está o facto de terem o maior nível de crédito malparado, que chega quase aos 50% do crédito total concedido.

Em 2016, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu o limite do mecanismo de provisão de liquidez de urgência em 100 milhões de euros, a pedido do Banco da Grécia.

 

Em comunicado, o banco grego explicou que esta redução da ELA (Emergency Liquidity Assistance) reflete a melhoria da liquidez do sistema bancário, a redução da incerteza e a estabilização dos depósitos do setor privado.
Recorde-se que a banca grega passou a receber estes créditos de emergência, depois de em fevereiro de 2015, no auge da crise helénica, o BCE ter deixado de aceitar a dívida grega como garantia para financiar a banca. A ELA era o único canal através do qual os bancos gregos podiam aceder a financiamentos de forma excecional e a curto prazo.
No final de junho, o BCE voltou a aceitar a dívida como garantia nas operações de refinanciamento, e desde aí o limite máximo da ELA tem sido reduzido.

A 22 de setembro desse ano, o BCE reduziu o limite para 51.900 milhões de euros e até 20 de outubro, o teto máximo do mecanismo de provisão de liquidez para os bancos gregos fica em 51.800 milhões de euros.

Recorde-se que os bancos gregos foram fortemente penalizados durante os últimos anos, chegando mesmo a fechar por três semanas em 2015 durante um braço de ferro entre o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e os credores, que muitos chegaram a temer que originasse um colapso financeiro no país.

Os bancos reabriram depois de Tsipras ter concordado com o terceiro resgate financeiro e, menos de três anos depois, a economia iniciou um novo ciclo de crescimento, com Bruxelas a estimar uma subida do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% em 2017, acelerando para 1,9% em 2018 e 2,3% em 2019.

Nas previsões da primavera da Comissão Europeia, divulgadas na quinta-feira, Bruxelas sinaliza que o crescimento do PIB superou os 1% pela primeira vez desde 2007.

“A recuperação económica deverá acelerar, assumindo uma conclusão bem-sucedida do programa de apoio à estabilidade”, refere Bruxelas no documento.

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