Mais 1,9 milhões de pedidos de subsídio de desemprego desanimam Wall Street

Wall Street iniciou a sessão desta quinta-feira em baixa, seguindo a tendência das praças europeias. Nos Estados Unidos, as notícias que pesam sobre os mercados financeiros são essencialmente macroeconómicas.

O Departamento do Trabalho norte-americano informou esta tarde que 1,877 milhão de cidadãos apresentaram pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, um número que – apesar de representar um novo decréscimo – se fixou acima das expectativas dos analistas, que apontavam para 1,775 milhões.

Assim, os três principais índices da bolsa de Nova Iorque iniciaram o dia no ‘vermelho’. O industrial Dow Jones perde agora 0,32%, para os 26.186,90 pontos, o financeiro S&P 500 recua 0,34%, para os 3.112,12 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desliza 0,04%, para os 9.679,15 pontos. Já o Russel 2000 desvaloriza 0,97%, para os 9.679,15 pontos.

As ações da Amazon estão em contraciclo, a subir 1,06%, para 2.503,61 dólares, depois de a gigante do comércio eletrónico ter anunciado que está a expandir as suas operações de carga aérea, tendo alugado 12 aviões de passageiros Boeing 767-300 convertidos à Air Transport Services, e planeia de aumentar a frota para mais de 80 aviões.

A empresa chinesa NIO dispara 5,01%, para 5,88 dólares, após ter divulgado um recorde na entrega de veículos no mês passado. Em maio, foram entregues 3.436 veículos, um número que representa um aumento de 215% em termos homólogos.

Há cerca de 2 horas, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou o aumento de 600 mil milhões de euros no programa de estímulo económico para combater os efeitos da pandemia de Covid-19. Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, destaca ainda a estimativa do BCE de que a “economia na zona euro deverá contrair 8,7% em 2020, crescer 5,2% e 3,3% em 2021 e 2022, respetivamente, num cenário base, com a presidente Lagarde a referir que a velocidade e a escala de recuperação permanecem altamente incertas”.