Existem atualmente mais de 300 milhões de pessoas que sofrem de problemas de saúde mental no mundo, o que, em 2017, se traduziu em perdas de 246 mil milhões de dólares para o setor empresarial. Os números constam do estudo “8 tendências para executivos 2019”, realizado pela empresa de recrutamento especializado Michael Page.
“Estes resultados mostram a necessidade de se considerar a saúde mental como uma preocupação de negócio e se criarem ferramentas que permitam desenvolver ambientes de trabalho saudáveis, nos quais se possa tratar de forma adequada qualquer tipo de problema que possa afetar todos os trabalhadores, incluindo os que desempenham funções de direção”, afirma a Michael Page.
O estigma associado à doença é um dos principais obstáculos à sua solução. Com efeito, segundo o estudo, 36% dos trabalhadores consideram que estes temas podem prejudicar a sua carreira e 34% que podem refletir uma imagem distorcida da realidade, mostrando incapacidade para cumprirem as suas funções. Além disso, dos 50% dos trabalhadores que já tiveram problemas de saúde mental e pediram ajuda aos seus superiores, um em cada cinco diz que se sentiu incompreendido e o problema não foi solucionado.
Na perspetiva das empresas, diz a Michael Page, “é importante criar uma cultura empresarial aberta e de confiança, que apoie os trabalhadores, independentemente da sua função e responsabilidade”. Entre as ações que as empresas podem realizar para motivar os seus colaboradores estão, por exemplo, “estar disponível para ouvir para que se sintam reconhecidos e mais motivados, promover a reconciliação da vida pessoal com horários mais flexíveis, incorporar atividades lúdicas para ajudar a descontrair e reduzir o stress, incluindo atividades como yoga ou meditação”.
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