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Mais de 50% dos portugueses não bloqueia os telemóveis com palavras-passe. Hackers agradecem

Os utilizadores portugueses continuam abaixo da média europeia a nível de proteção e prevenção de ameaças contra os seus dispositivos móveis, com apenas 39% a efetuar cópias regulares dos seus dados, e 21% a recorrer a soluções antirroubo.
5 Setembro 2018, 16h46

Com os dispositivos móveis a assumir uma relevância cada vez mais na vida das pessoas, sobretudo para aceder à internet e levar a cabo as mais variadas atividades online, “perder” um deles para as mãos de um hacker pode acarretar consequências mais graves do que nunca, alerta a Kaspersky Lab, empresa de cibersegurança global.

No seu mais recente estudo sobre estas matérias, a especialista apurou, por exemplo, que 68% dos portugueses inquiridos admite aceder regularmente à internet no seu a smartphone e 35% utiliza frequentemente um tablet para se conectar. E particularmente em Portugal, cerca de uma em cada quatro pessoas (24%) utiliza os seus smartphones para atividades bancárias online, proporcionando acesso a informações financeiras valiosas.

Além disso, 60% dos utilizadores recorre com regularidade aos seus smartphones para aceder ao seu email pessoal e 58% admite utilizá-los para visitar as suas redes sociais, ambas atividades que envolvem uma vasta quantidade de informações sensíveis. Os valores nacionais encontram-se acima da média europeia (57% e 55%, respetivamente), de acordo com os resultados do estudo realizado pela empresa de cibersegurança.

Mas todas estas informações armazenadas nos seus dispositivos móveis não torna necessariamente as pessoas mais conscientes e preocupadas, alerta a Kaspersky Lab. “Menos de metade (48%) dos utilizadores protege os seus dispositivos móveis com palavras-passe e apenas 14% encripta os ficheiros e as pastas de forma a evitar acessos não autorizados. Portanto, se um dispositivo cai nas mãos erradas, todos estes dados – desde contas pessoais, fotos, mensagens e até mesmo dados financeiros – podem tornar-se acessíveis a uma terceira pessoa”, reforça a empresa, em comunicado.

E mesmo dispositivos que são protegidos por palavras-passe podem originar consequências desastrosas quando perdidos ou roubados. Por exemplo, menos de metade (43%) dos utilizadores faz uma cópia dos dados armazenados nos seus dispositivos, e apenas 22% instala soluções antirroubo nos seus dispositivos móveis, o que significa que os seus antigos proprietários terão dificuldade em aceder e recuperar as suas contas se perderem o seu smartphone.

 

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