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Mais de 70% dos portugueses confiam em António Costa e Marcelo para gerir a crise

A ministra da Saúde, Marta Temido, surge atrás da DGS e das forças de segurança nacionais na confiança na resposta à pandemia, de acordo com uma sondagem do ICS e ISCTE para a “SiC” e “Expresso”.
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24 Março 2020, 18h56

Os portugueses mostram confiança nas instituições nacionais para gerir a crise do novo coronavírus no país. Esta é a principal conclusão de uma sondagem do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e do ISCTE para a “SIC” e para o “Expresso”, divulgada esta terça-feira.

O estudo de opinião conclui que o primeiro-ministro, António Costa, é a personalidade na qual os cidadãos mais confiam para gerir a situação da doença Covid-19, conquistando 75%, enquanto o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fixa-se um ponto percentual abaixo (74%).

A diferença é essencialmente motivada pelo eleitorado da esquerda, onde o líder do Governo arrecada 92% e contra 81% do chefe de Estado. Na direita, são 79% dos inquiridos para Marcelo Rebelo de Sousa e 81% para António Costa.

Quando questionados com o seguinte – “Até que ponto está confiante na resposta que estão a dar à epidemia?” – os respondentes colocaram a ministra da Saúde, Marta Temido (66%), abaixo da Direção-Geral de Saúde (77%). Acima destas entidades estão as forças de segurança (Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana), que se destacaram com 79%.

Quase todos os participantes neste estudo aprova o decreto de Estado de Emergência e a maioria (80%) dos inquiridos garante que está a acompanhar as notícias sobre a epidemia “com muita atenção”, de acordo esta sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os passado dias 20 e 22 de março e recolheu 625 entrevistas válidas.

FICHA TÉCNICA

Este relatório baseia-se numa sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 20 e 22 de março de 2020. Foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE- IUL), tendo o trabalho de campo sido realizado pela GfK Metris. O universo da sondagem é constituído pelos indivíduos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos, residentes em Portugal (Continente e Regiões Autónomas) ou em domicílios com telefone fixo ou dispondo de telemóvel. Os números fixos, cerca de 33% do total, foram extraídos aleatoriamente, proporcionalmente à distribuição por prefixos no território. Os números móveis, cerca de 66% do total, foram extraídos aleatoriamente, proporcionalmente à distribuição por operadoras. Os respondentes foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Sexo, Idade (4 grupos) e Região (7 Regiões NUTII).

A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em sistema CATI. Foram tentados contactos com 4092 números de telefone cuja existência foi confirmada. Desses, foi possível determinar 1343 números correspondentes a indivíduos/lares elegíveis. Desses, foram obtidas 625 entrevistas válidas. A taxa de resposta foi assim de 13,4% e a taxa de cooperação de 48,1%. O trabalho de campo foi realizado por 36 entrevistadores, que receberam formação adequada às especificidades do estudo. Todos os resultados foram sujeitos a ponderação por pós-estratificação, de acordo com a distribuição da população com 18 ou mais anos residente em Portugal por três escalões de instrução (3.º ciclo ou menos, secundária ou superior). A margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória simples de 625 inquiridos é de +/- 4%, com um nível de confiança de 95%.

Nos gráficos seguintes, todas as percentagens são arredondadas à unidade, podendo a sua soma ser diferente de 100%

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