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“Manter e captar talento”. Empresas buscam talentos na Universidade de Évora

As principais áreas em que os estudantes da Universidade de Évora, em matéria de inovação, têm sucesso são as de aeronáutica, turismo, agro-indústria e tecnologias da informação.
  • Conferência “Inovação como instrumento de mudança no mercado de trabalho”, painel sobre crescimento e a projeção da inovação no Alentejo”Foto de Cristina Bernardo
18 Novembro 2019, 18h15

Na quarta edição das conferências “Portugal Inteiro”, cujo mote foi “Inovação como instrumento de mudança no mercado de trabalho” e que é organizada pelo Jornal Económico e Altice Portugal, três empresas locais falaram da forma como conseguem “manter e captar talento” no Alentejo, concretamente com ligação à Universidade de Évora.

“O crescimento e a projeção da inovação no Alentejo” era o tema do painel que contou com a participação de representantes da Agrosustentável, da Fuel Save e da Alentapp, sendo a conclusão principal de que é fulclar manter uma relação com a Academia.

António Fradique, fundador e diretor da Fuel Save, argumentou a necessidade de relações bilaterais com a Universidade de Évora, sendo o local onde “há muita mão de obra barata”.

Mas a ligação com a universidade eborense, não é pelo custo da mão de obra em si mas pela capacidade de atrair talento que noutras partes do país tem sido difícil, senão mesmo impossível.

A Fuel Save é uma empresa alentejana que através de ferramentas de machine learning consegue “otimizar a condução” de camiões pesados. Foi criada em fevereiro de 2018, sendo que a ideia para este negócios nasceu de uma dissertação de doutoramento sobre pesados de mercadorias.

“Somos uma empresa que poupa combustível”, declarou Fradique.

De acordo com António Fradique, a Fuel Save digitaliza “tudo o que acontece durante a condução” de um camião. “Isto trouxe uma redução de custos em 20%” para as empresas que gerem aos veículos pesados.

Atualmente, a Fuel Save está a recolher dados  e a preparar-se para a condução autónoma”.

Através do programa IDT Portugal 2020, a Fuel Save conseguiu instalar uma base em Évora, para fazer o desenvolvimento da tecnologia que ainda está em fase piloto, mas que no final de 2020 deverá estar em fase comercial.

Miguel Romaão da Alentapp, por sua vez, disse que a ligação à Universidade de Évora é importante para “manter e captar talento” na região.

O negócio da Alentapp é “ajudar empresas a reinventar a sua operação”. Miguel Romão disse que os principais clientes  da sua empresa encontram-se em países africanos, Reino Unido, França e Grécia.

“Fazemos a visão 360º do próprio negócio encontrando-se os nossos clientes nas indústrias automóvel, aeronáutica e piscinas”, explicou Miguel Romão.

Já Pedro Tereso da Agrosustentável fez saber que os principais clientes são Sogrape e Casa Relvas. Esta empresas alentejana, criada em 2013, trabalha em consultadoria agrícola e, mais recentemente, apostou em “ajudar um investidor, interessado na região e no setor agrícola, a investir”.

A nova área de negócio surgiu, sobretudo, pelo turismo e interesse de “brasileiros e chineses no país”, segundo Pedro Tereso.

O professor da Universidade de Évora, Luís Miguel Rato, responsável pela coordenação dos projetos entre a universidade evorense e a Altice Labs , também participou no painel. “A Universidade de Évora tem sido capaz de produzir talentos”, disse.

Luís Miguel Rato disse, ainda, que curiosidade e criatividade são fundamentais para a relação de sucesso entre a Universidade de Évora e o tecido empresarial da região.

As principais áreas em que os estudantes da Universidade de Évora, em matéria de inovação, mais vingam são as de aeronáutica, turismo, agro-indústria e tecnologias da informação.

Esta segunda-feira, dia 18 de novembro, decorreu na Universidade de Évora, a conferência “Inovação como instrumento de mudança no mercado de trabalho”, cuja organização é do Jornal Económico (JE) com a Altice Portugal.

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