Na quarta edição das conferências “Portugal Inteiro”, cujo mote foi “Inovação como instrumento de mudança no mercado de trabalho” e que é organizada pelo Jornal Económico e Altice Portugal, três empresas locais falaram da forma como conseguem “manter e captar talento” no Alentejo, concretamente com ligação à Universidade de Évora.
“O crescimento e a projeção da inovação no Alentejo” era o tema do painel que contou com a participação de representantes da Agrosustentável, da Fuel Save e da Alentapp, sendo a conclusão principal de que é fulclar manter uma relação com a Academia.
António Fradique, fundador e diretor da Fuel Save, argumentou a necessidade de relações bilaterais com a Universidade de Évora, sendo o local onde “há muita mão de obra barata”.
Mas a ligação com a universidade eborense, não é pelo custo da mão de obra em si mas pela capacidade de atrair talento que noutras partes do país tem sido difícil, senão mesmo impossível.
A Fuel Save é uma empresa alentejana que através de ferramentas de machine learning consegue “otimizar a condução” de camiões pesados. Foi criada em fevereiro de 2018, sendo que a ideia para este negócios nasceu de uma dissertação de doutoramento sobre pesados de mercadorias.
“Somos uma empresa que poupa combustível”, declarou Fradique.
De acordo com António Fradique, a Fuel Save digitaliza “tudo o que acontece durante a condução” de um camião. “Isto trouxe uma redução de custos em 20%” para as empresas que gerem aos veículos pesados.
Atualmente, a Fuel Save está a recolher dados e a preparar-se para a condução autónoma”.
Através do programa IDT Portugal 2020, a Fuel Save conseguiu instalar uma base em Évora, para fazer o desenvolvimento da tecnologia que ainda está em fase piloto, mas que no final de 2020 deverá estar em fase comercial.
Miguel Romaão da Alentapp, por sua vez, disse que a ligação à Universidade de Évora é importante para “manter e captar talento” na região.
O negócio da Alentapp é “ajudar empresas a reinventar a sua operação”. Miguel Romão disse que os principais clientes da sua empresa encontram-se em países africanos, Reino Unido, França e Grécia.
“Fazemos a visão 360º do próprio negócio encontrando-se os nossos clientes nas indústrias automóvel, aeronáutica e piscinas”, explicou Miguel Romão.
Já Pedro Tereso da Agrosustentável fez saber que os principais clientes são Sogrape e Casa Relvas. Esta empresas alentejana, criada em 2013, trabalha em consultadoria agrícola e, mais recentemente, apostou em “ajudar um investidor, interessado na região e no setor agrícola, a investir”.
A nova área de negócio surgiu, sobretudo, pelo turismo e interesse de “brasileiros e chineses no país”, segundo Pedro Tereso.
O professor da Universidade de Évora, Luís Miguel Rato, responsável pela coordenação dos projetos entre a universidade evorense e a Altice Labs , também participou no painel. “A Universidade de Évora tem sido capaz de produzir talentos”, disse.
Luís Miguel Rato disse, ainda, que curiosidade e criatividade são fundamentais para a relação de sucesso entre a Universidade de Évora e o tecido empresarial da região.
As principais áreas em que os estudantes da Universidade de Évora, em matéria de inovação, mais vingam são as de aeronáutica, turismo, agro-indústria e tecnologias da informação.
Esta segunda-feira, dia 18 de novembro, decorreu na Universidade de Évora, a conferência “Inovação como instrumento de mudança no mercado de trabalho”, cuja organização é do Jornal Económico (JE) com a Altice Portugal.
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