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Marcelo diz que é “incontroverso” que Centeno “contribuiu muito para o prestígio de Portugal”

O chefe de Estado disse que respeita a decisão de Mário Centeno de deixar a pasta das Finanças e acredita que “não haverá mudança de rumo” com a tomada de posse de secretário de Estado do Orçamento, João Leão.
  • TIAGO PETINGA/LUSA
9 Junho 2020, 20h15

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira que é “incontroverso” que o ministro das Finanças demissionário, Mário Centeno, “contribuiu muito para o prestígio de Portugal”. O chefe de Estado disse que respeita a decisão de Mário Centeno de deixar a pasta das Finanças e acredita que “não haverá mudança de rumo” com a tomada de posse de secretário de Estado do Orçamento, João Leão.

“[Mário Centeno] contribuiu muito para o prestígio de Portugal, nomeadamente na União Europeia enquanto presidente do Eurogrupo, e foi certamente das principais personalidades políticas dos últimos anos na vida nacional. Isso é um facto, é incontroverso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em reação ao pedido de demissão do ministro das Finanças, no dia em que é apresentado o orçamento suplementar na Assembleia da República.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, “em democracia, as pessoas são livres e escolhem em cada momento aquilo que entendem que é a melhor decisão da ótica do interesse pessoal e da sua visão do interesse coletivo”. “Temos de respeitar” a decisão, frisou, salientando que Mário Centeno fica para a história “não apenas pelo facto de ter atingido um superávite no orçamento, mas por ter tido uma gestão como foi aquela a que assistimos nos últimos anos”.

“Respeito integralmente, em todas as circunstâncias, as opções daqueles que, na política, na economia, na sociedade e no trabalho, decidem mudar o seu ciclo de vida”, acrescentou.

Sobre o novo ministro das Finanças, João Leão, que vai tomar posse na próxima segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que, “pela própria lógica de ter, durante mais de quatro anos, colaborado diretamente com o ainda ministro Mário Centeno” dá ao país “uma garantia de continuidade que é fundamental”.

“Aquilo que me preocupava, em primeira linha, em termos de interesse do país, por estarmos em pandemia e por estamos em crise económica e social, era que não houvesse uma mudança de rumo em matéria de política financeira, nomeadamente política orçamento. Não haverá mudança de rumo e isso é importante”, sublinhou.

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