O Presidente da República garante que vai esperar até quarta-feira para determinar os próximos passos na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2022.
Aos jornalistas, esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa deixou muito claro: “É muito simples: ou há Orçamento ou não há e avanço para o processo de dissolução” do Parlamento.
As afirmações surgem depois do Partido Comunista Português (PCP) ter anunciado que irá votar contra o OE2022, garantido assim a sua inviabilização na votação na generalidade agendada para esta quarta-feira na Assembleia da República (AR).
“Acabei de tomar conhecimento dessa decisão. Vou refletir sobre ela. Até ao dia da votação é sempre possível continuar a falar e construir o que é desejável e esperável. Essa é a minha expectativa”, referiu Marcelo.
Com os votos contra da direita (PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega), do Bloco de Esquerda, PCP e as abstenções do PAN e das duas deputadas não-inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, o Governo, o Presidente da AR e o primeiro-ministro encontram-se em risco de ver o Parlamento dissolvido e serem envocadas eleições antecipadas.
“Vou ponderar seriamente as decisões”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que irá tentar “perceber o estado de espírito dos diversos protagonistas e ver se de alguma forma é possível encontrar o numero de deputados para viabilizar o Orçamento”.
Até esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa manteve-se otimista quanto à viabilização do Orçamento, afirmando, repetidamente, que “opera na base do cenário de que não há chumbo do Orçamento”.
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