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Marcelo não se pronuncia sobre crédito da Caixa a Isabel dos Santos

“Não comento casos específicos nesse domínio, como noutros”, disse Presidente da República, questionado sobre as notícias do empréstimo de 125 milhões de euros pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) a Isabel dos Santos, sem que a instituição tenha avaliado se a empresária tinha capacidade financeira para pagar.
  • Cristina Bernardo
25 Maio 2019, 15h43

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou-se a comentar as notícias sobre o empréstimo de 125 milhões de euros pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) a Isabel dos Santos, sem que a instituição tenha avaliado se a empresária tinha capacidade financeira para pagar.

“Não comento casos específicos nesse domínio, como noutros”, disse este sábado Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à margem do “1º Fórum de Economistas das Capitais de Língua Portuguesa”, em Lisboa.

O Correio da Manhã noticiou este sábado que a instituição financeira concedeu o empréstimo à empresaria angolana apesar das dúvidas e do parecer da Direção-Geral de Risco. O montante permitiu à empresária angolana comprar, em conjunto com outros fundos agregados na Kento Holding Limited, ações representativas de 10% do capital social da Zon (a atual Nos), tendo parte deste montante sido direcionado para adquirir ações da Zon à própria CGD. O banco público vendeu posteriormente 2% do capital da Zon nesta operação.

Isabel dos Santos já reagiu à notícia do matutino, através de uma publicação no twitter, e garantiu hoje ter “todos os pagamentos em dia” relativamente ao crédito de 125 milhões de euros contraído junto da CGD em 2009, afirmando que do financiamento original de 125 milhões de euros, “60% [está] amortizado e todos os pagamentos em dia”.

Questionado se na banca, os países da CPLP podem beneficiar de algum privilégio na concessão de créditos, o Presidente da República disse que “a cooperação económica tem vindo a estreitar-se ao longo dos anos”.

“No futuro, o que é natural é que esse estreitamente, que já é muito intenso entre vários países. Há países que tem ligações específica em termos monetários e portanto financeiros, mas penso que a tendência é essa. Haver um estreitamente a todos os níveis em países da CPLP”, acrescentou.

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