Marcelo sobre continuação de restrições na grande Lisboa: “Temos de confiar nas autoridades sanitárias”

O Presidente da República disse hoje que é preciso confiar nas decisões das autoridades sanitárias depois do Governo ter decidido manter por, pelo menos, mais uma semana algumas medidas de restrições na área metropolitana de Lisboa.

“Eu não me pronuncio sobre medidas sanitárias, temos de confiar nas autoridades sanitárias”, começou por dizer hoje Marcelo Rebelo de Sousa.

“Se entendem abrir exceções para uma região, que é o caso, se entendem que há certas medidas que devem ser tomadas durante X dias, adiando uma determinada decisão por X dias, e houve algumas que foram adiadas, ou deve haver intervenções especificas pontuais em certas áreas dentro da região, temos que respeitar as autoridades sanitárias, têm uma competência e uma especialização que deve estar presentes nesses momentos”, afirmou em declarações transmitidas pela RTP, durante uma visita a uma instituição da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, no distrito de Lisboa.

“Foi uma decisão fundada, em sugestão ou por proposta das autoridades sanitárias, e o Presidente da República não a vai questionar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Apesar do resto do país ter levantado a maior parte das restrições, a área metropolitana de Lisboa vai manter várias restrições durante, pelo menos mais uma semana.

A razão prende-se por a maioria dos novos casos confirmados em Portugal ter lugar na região de Lisboa e Vale do Tejo. Só nas últimas 24 horas, 96% dos novos casos a nível nacional tiveram origem nesta região.

O Conselho de Ministros volta agora a reunir-se no dia 4 de junho para decidir se a AML pode voltar

“A partir da próxima semana poderemos reconduzir a Área Metropolitana de Lisboa ao padrão nacional, permitindo que as atividades que estava previsto reabrirem, reabram”, disse o primeiro-ministro António Costa na sexta-feira, 29 de maio.

Assim, os centros comerciais e Lojas de Cidadão vão permanecer encerrados durante, pelo menos, mais uma semana, com os ajuntamentos a ficarem limitados a um máximo de 10 pessoas.

Já as autarquias da AML vão ter o poder para decidir se reabrem as lojas com mais de 400 metros quadrados e as feiras.

Na AML, o Governo também ditou o reforço da vigilância epidemiológica nas obras de construção civil e no trabalho temporário.

Em relação aos veículos privados de transporte de passageiros, a lotação máxima vai estar limitada a dois terços dos passageiros, e o uso de máscara continua a ser obrigatório.