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Margem de manobra de Trump diminui. Recontagem dos votos na Georgia deverá dar vitória a Joe Biden

Depois das inúmeras tentativas para travar a contagem dos votos, anular a sua verificação ou mesmo as denuncias de fraude eleitoral, Trump vê agora as suas opções para reverter os resultados eleitorais a diminuir.
  • Carlos Barria/Reuters
19 Novembro 2020, 11h58

A disputa dos votos eleitorais no estado da Georgia deverá chegar ao fim já esta quinta-feira, com os dados a indicarem uma improvável reviravolta a favor de Donald Trump.

De acordo com o secretário de Estado, já foram recontados manualmente cerca de 5 milhões de votos e, para já, nada indica que a margem de 14 mil votos (cerca de 0,21%) de Joe Biden face a Trump diminua, ainda que o presidente em exercício e a sua equipa legal continuem os esforços para impedir que determinados votos sejam certificados como oficiais, avança a “Reuters”.

Esta realidade deixa o o republicano com um número cada vez menor de opções para anular os resultados de uma eleição em que o adversário democrata obteve mais de 5,8 milhões de votos a mais em todo o país. Salvo uma série de eventos sem precedentes — tentativa de anulação da contagem dos votos por correspondência, denúncias de alegadas fraudes, sem reunir quaisquer provas ou o bloqueio da passagem de pasta para a nova administração — tudo indica que Biden assumirá a presidência dos EUA a 20 de janeiro.

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E se a nível dos votos populares Biden lidera, o mesmo se verifica entre os votos do Colégio Eleitoral. Neste momento, o presidente eleito tem 306 votos eleitorais contra 232 de Trump, bem à frente dos 270 necessários para a vitória. Mesmo que Trump conseguisse inverter a tendência na Georgia (ficando assim com 248), não seria suficiente para assegurar um segundo mandato.

No Pensilvânia, onde Biden venceu por 82 mil votos, a campanha de Trump desistiu de uma ação judicial que pedia a recontagem de votos e invés disso pediu que o juiz estadual o declarasse como o vencedor, argumentando que o estado controlado pelos republicanos tem o poder de escolher quem fica com os 20 votos dos grandes eleitores.

Em Wisconsin, a campanha de Trump pagou três milhões de dólares por uma recontagem parcial dos votos. Alguns argumentam que dessa estratégia saia o tiro pela culatra já que os funcionários eleitorais afirmam que uma recontagem apenas aumentaria a vantagem de 20 mil votos de Biden num estado que possui 10 votos eleitorais.

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