Margrethe Vestager, a comissária europeia para a Concorrência, foi a cabeça-de-cartaz no último dia da Web Summit e, em conversa no palco central da cimeira tecnológica, questionou-se sobre porque é que a propaganda política deve ser diferente no digital. Em resposta à pergunta se a propaganda política nas redes sociais é uma ameaça para a democracia, a comissária saudou o Twitter pelo fim deste tipo de mensagens, apesar de “este não ser o fim da história”. “Se houver uma relação consumidor e Facebook, em que apenas é disponibilizado ao utilizador determinadas mensagens filtradas, acabou a democracia”, alertou Vestager.
Focando-se de uma forma mais generalizada na tecnologia, Margrethe Vestager defendeu que a prioridade devem ser sempre os seres humanos e a forma como a tecnologia pode ajudar-nos a refletir o mundo em que vivemos. Temos novas tecnologias mas é importante que estas reflitam os nossos valores”.
Desfiada a falar da Libra, a criptomoeda que tantas questões tem levantado nos últimos meses, Vestager destacou que “se olharmos para a Libra, vemos grandes ambições. Temos que dizer às tecnológicas: ‘esta é a forma que nos devem servir’.
A Comissária Europeia deu o exemplo da Inteligência Artificial como algo “maravilhoso e que nos pode ajudar nas alterações climáticas” mas alertou que “temos de controlar esta tecnologia”. Abordando a questão da resolução, Vestager indicou que “precisamos de melhores ferramentas para nos proteger e um dos grandes desafios que temos é que se acabe com a forma como a tecnologia nos rastreia”.
A terminar, Margrete Vestager deu o exemplo dos espetáculos de magia para contrapor as lacunas dos gigantes tecnológicas quando se trata de regulação: “um bom espetáculo de magia avisa sempre que nós vamos ser sujeitos a manipulação
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