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Maria Antónia Saldanha: “SIBS tem procurado desenvolver vários modelos de colaboração com as startups”

A empresa que gere a rede Multibanco escolheu mais quatro projetos para integrarem o seu terceiro programa de aceleração: dois na área de “processos de pagamento” e dois relativos a “pagamentos & loja do futuro”. Sobre a parceria com a Web Summit, assinada até 2021, a SIBS garante que pretende “estudar de que forma a relação se pode aprofundar e estender”.
14 Novembro 2019, 11h25

A SIBS está neste momento a desenvolver os pilotos com as quatro startups selecionadas para integrar a terceira edição do seu programa de aceleração, o “PayForward Accelerator 2019”. Os inovadores que estão a ser apoiados pela SIBS criaram dois projetos na área de “processos de pagamento” e dois na de “pagamentos e loja do futuro”.

O acelerador 3.0 da empresa que gere a rede Multibanco recebeu mais de uma centena de candidaturas, oriundas de 20 países. “Após uma avaliação profunda e detalhada, foram selecionadas dez startups para se reunirem com as equipas SIBS num bootcamp, em maio. Após uma nova fase de avaliação, calendarizada no programa, foram identificados quatro projetos para serem acelerados”, disse a diretora de marca e comunicação da SIBS ao Jornal Económico.

Maria Antónia Saldanha refere que os resultados do novo PayForward Accelerator permitirão “incrementar serviços já existentes e prestados pela SIBS, quer pela integração de novas tecnologias, quer pelo alargamento do âmbito desses serviços” e lembra o trabalho desenvolvido com o trio que se destacou na última edição e que acabou por apoiar a empresa na dinamização da plataforma de open banking API: a Coinscrap (arredondamento das transações para a criação de poupanças), a GoFact (portal com módulos de faturação, gestão de despesas e de contas bancárias agregados) e a SStrategy (solução para criar serviços de subscrição e de pagamentos recorrentes).

E como o ecossistema do empreendedorismo (quase) rima com a Web Summit, em meados de setembro a SIBS anunciou que assinou uma parceria de três anos com a cimeira tecnológica, com o intuito de tornar o evento 100% “cashless” (sem dinheiro físico”. Na prática, a empresa será o parcerio cashless e estará encarregue de disponibilizar soluções e sistemas que aceitem todos os meios de pagamento digitais, incluindo pagamentos com cartão e aplicações móveis.

“A Web Summit já é incontornável no panorama da tecnologia e inovação e um dos principais impulsionadores mundiais do ecossistema de startups e fintechs. Todas estas razões convergiam para que o evento em si se tornasse absolutamente digital, também nos pagamentos, de forma a que os visitantes tivessem uma experiência no recinto ainda mais cómoda e confortável, como têm, aliás, os participantes estrangeiros quando visitam Portugal”, defende Maria Antónia Saldanha.

https://jornaleconomico.pt/noticias/sibs-foram-feitas-mais-de-55-mil-compras-cashless-na-web-summit-512824

https://jornaleconomico.pt/noticias/vai-a-web-summit-pode-deixar-moedas-e-notas-em-casa-490642

 

Para a SIBS, tendo em conta o perfil dos visitantes torna-se ainda mais relevante disponibilizar um sistema com aceitação de várias modalidades de tecnologias e serviços de pagamento, que incluiem cartões bancários e não bancários (cartões de refeição, com chip ou pista, contactless ou aplicações móveis que recorrem ao NFC ou ao código QR Code).

A dona do Multibanco instalou, assim, os sistemas apropriados nos espaços de refeições e bebidas e designou equipas específicas no recinto e nas suas instalações técnicas para acompanhar a sua performance ao longo do evento, que se realizou na semana passada, em Lisboa. “Em comparações internacionais de fontes oficiais, Portugal apresenta um nível de fraude quatro vezes menor que o resto da Europa e oito a dez vezes menor que nos países europeus com maior nível de fraude”, assegura a diretora de Marca e Comunicação da SIBS.

O objetivo é que, a partir de 2021, Paddy Cosgrave possa novamente contar com a proprietária da conhecida app MB Way.

“Vamos continuar a estudar de que forma a relação se pode aprofundar e estender”, diz Maria Antónia Saldanha, em entrevista ao JE. “Acreditamos que soluções adequadas à mobilidade, convenientes e seguras têm claros benefícios na vivência nas sociedades dos dias de hoje, dando mais tempo para o que realmente interessa e reforçando a economia digital como um todo, o que também dá novas oportunidades às empresas”, refere.

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