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Marine Le Pen critica Bolsonaro: “Ele diz coisas extremamente desagradáveis”

A líder Frente Nacional gaulesa, Marine Le Pen, não tem a certeza que Bolsonaro possa ser indicado como um candidato da extrema-direita.
  • Christian Hartmann/REUTERS
12 Outubro 2018, 18h38

A líder francesa do partido mais à direita do espectro político gaulês, Marine Le Pen, disse não considerar que Jair Bolsonaro, candidato mais bem posicionado para se tornar o próximo presidente do Brasil, um político de direita.

Confrontada por um canal francês com as frases que o tornaram famoso – que preferia um filho morto a um filho homossexual ou que as mulheres merecem ganhar menos do que os homens, entre outras antológicas afirmações – Le Pen disse que “não vejo Bolsonaro como um candidato de extrema-direita. Ele diz coisas extremamente desagradáveis, que são intransponíveis em França. São culturas diferentes.”

Le Pen – cujo pai chegou a ter problemas com a justiça francesa por ter negado o holocausto judeu – foi questionada sobre quem preferia ver sair vitorioso da segunda volta das eleições no Brasil, mas Le Pen preferiu não dar uma resposta concreta.

Para a líder da Frente Nacional, os resultados da primeira volta das eleições brasileiras são uma reação à insegurança sentida no Brasil e ao facto de Bolsonaro ter alicerçado a sua campanha precisamente na luta contra a criminalidade e contra a corrupção.

Com certeza que Bolsonaro terá ficado defraudado com as declarações de Le Pen, dado que em diversas circunstâncias afirmou ter grande admiração pelos partidos populistas da ultradireita europeia que têm dado mostras de conseguirem bater as posições dos partidos alinhados ao centro do espectro político.

O ministro italiano da Interior e líder da extrema-direita da Liga, Matteo Salvini – um compagnon de route de Le Pen – manifestou publicamente, no passado domingo, um enorme regozijo com a vitória de Bolsonaro na primeira volta das presidenciais brasileiras

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