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Mário Centeno defende rejuvenescimento dos administradores executivos da banca

“Cerca de 58% dos administradores executivos atualmente em funções nas sete maiores instituições bancárias nacionais encontrarem-se a exercer cargos de administração no setor bancário nacional há 12 ou menos anos”, realçou Mário Centeno na conferência “Banca do Futuro”.
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    José Sena Goulão/Lusa
27 Outubro 2020, 14h06

O Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, na conferência “Banca do Futuro”, organizada pelo Jornal de Negócios, destacou que hoje “existe um rejuvenescimento na governação das principais instituições bancárias nacionais”.

Num discurso sobre os desafios que o setor bancário encontra numa crise pandémica com impacto na economia, Mário Centeno destacou como um ponto positivo o facto de “cerca de 58% dos administradores executivos atualmente em funções nas sete maiores instituições bancárias nacionais encontrarem-se a exercer cargos de administração no setor bancário nacional há 12 ou menos anos”. O que “demonstra uma tendência de renovação da composição dos órgãos de administração desde o período da crise financeira de 2008”.

Isto numa conferência onde participaram os presidentes executivos dos cinco maiores bancos nacionais: António Ramalho, presidente da comissão executiva do Novo Banco; João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI; Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP; Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da CGD; e Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.

“A banca em Portugal deve ser um dos motores” da esperança. “Respondendo aos desafios com a mesma determinação que os enfrentámos no passado. É com essa determinação de mudança que devemos continuar”, apelou Mário Centeno.

O Governador disse ainda que a crise acelerou as tendências que transformarão o setor bancário no futuro. “Os próximos meses serão desafiadores e os próximos anos assistirão a transformações estruturais substanciais. Decisões complexas com consequências de longo alcance terão que ser tomadas pelas autoridades e pelos agentes privados em todo o mundo. A digitalização, a inovação tecnológica e a diminuição da pegada ecológica serão todos acelerados à medida que saímos desta crise”.

A mudança do sistema bancário com a digitalização foi um tema também abordado por Sérgio Rebelo, economista e professor, Kellogg School of Management, que lembrou o quanto a banca perdeu a atração para os estudantes que concluem hoje Master of Business Administration, ao contrário do que acontecia a duas décadas. Pois gerir com juros negativos não torna a banca uma atividade lucrativa e atrativa.

As transações financeiras estão a mudar, e o economista olha para a bitcoins, não como a moeda do futuro, mas como o embrião do que será o futuro dessas transações.

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