Em entrevista exclusiva à CNBC, Mário Centeno, que foi eleito presidente do Eurogrupo no dia 4 de dezembro, disse que duas das decisões que irão marcar o seu mandato enquanto líder dessa reunião mensal e informal de ministros serão a conclusão da união bancária da zona euro e a reestruturação da dívida da Grécia.
“Precisamos de completar a união bancária (…). Completar a união bancária significa coisas ligeiramente diferentes para cada membro do Eurogrupo. Temos que tentar concentrar-nos no entendimento comum que certamente temos – e nós temo-lo – isso existe”, garantiu.
Segundo explicou ao canal norte-americano, em Lisboa, “serão dois anos bastante intensos”. O governante frisou ainda que é hora de “colher os benefícios” dos esforços feitos pelos portugueses durante a crise económica.
“Não é realmente uma mudança em ser pró ou contra a austeridade, é entender que a resposta à oferta que recebemos das reformas agora precisa de ser combinada, com alguma resposta à procura e a Europa está numa posição muito boa para fazê-lo”, argumentou, em declarações à CNBC, divulgadas esta quinta-feira de manhã.
O ministro das Finanças português foi eleito como novo presidente do Eurogrupo para um mandato de dois anos e meio, entre janeiro de 2018 e julho de 2020, enquanto o mandato da atual Comissão Europeia expira em finais de 2019 e vai iniciar funções no próximo dia 13 de janeiro de 2018.
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