Mário Centeno é ouvido esta quarta-feira, dia 8, no Parlamento, após ter sido nomeado para Governador do Banco de Portugal pelo executivo de António Costa. O ex-Ministro das Finanças terá de se apresentar perante a Comissão de Orçamento e Finanças, isto depois da polémica que levantou a sua nomeação para o cargo que presumivelmente virá a ocupar, maioritariamente causada pelo abandono precoce das funções que desempenhava no Governo e pelas reservas levantadas quanto à capacidade do futuro supervisor manter a sua independência.
A audição é obrigatória, embora não tenha poder vinculativo, será feita num esquema misto presencial e videoconferência, e resultará num relatório descritivo a elaborar pela bancada do PS – mais concretamente pelo deputado João Paulo Correia. Esta realiza-se numa altura em que ainda se aguarda o resultado da votação global da proposta de lei do PAN para um período de nojo entre a saída do governo e a tomada de posse de cargos de supervisão, uma tentativa de impedir a passagem direta de Centeno para o Banco de Portugal. A instituição já veio pedir atenção apra possíveis excessos legislativos que poderão levar a que se reduza “significativamente o universo de designação para titulares de tão complexas funções”.
Esta audiência é realizada no mesmo dia em que cessa o mandato de Carlos Costa, o actual Governador do Banco de Portugal, que já manifestou a sua disponibilidade para se manter no exercício das funções até à tomada de posse do seu sucessor. Costa está no cargo desde 2010, tendo-se visto envolvido em várias polémicas durante este período, que envolveu o resgate financeiro de 2011, a queda do Banco Espírito Santo e subsequente constituição do Novo Banco ou a audição parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos.
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