O ministro das Finanças admitiu esta quarta-feira que só o descongelamento das carreiras não chega para construir a Administração Pública do futuro.
“Era uma situação absolutamente insustentável”, começou por dizer Mário Centeno, na abertura, esta manhã, na Torre do Tombo, em Lisboa, da segunda sessão do ciclo de encontros “Construir Hoje a Administração Pública do Futuro”, lembrando os quase 650 mil trabalhadores a quem esteve vedada a progressão durante cerca de nove anos e justificando o descongelamento de carreiras na Administração Pública a partir de janeiro deste ano.
“Foi por isso que o Governo tomou as medidas que tomou. E continua a considerar que só o descongelamento não chega, temos de pensar nas carreiras, porque esse trabalho nunca está completo”, disse o governante.
O ministro referiu que a Administração Pública não é um “bloco homogéneo” como parece, o que coloca maiores desafios. As carreiras baseadas na antiguidade e na progressão têm vindo a ser desafiadas por modelos de organização do trabalho na base do mérito e pela aplicação de aprendizagem contínua.
“Não é possível construir o futuro com base nos modelos do passado”, vincou, acrescentando que apesar do que já foi feito nesta legislatura “há ainda muito a fazer”, mas atenção, pois, segundo o ministro, há uma outra linha que não pode ser ultrapassada: a da sustentabilidade. “A sustentabilidade não é uma ideia tecnocrata é um compromisso que garante a manutenção do sistema”, vincou.
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