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Mário Lino sobre novo aeroporto: “Não se pode dar tiros aos pássaros”

Mário Lino, antigo ministro das Obras Públicas do governo de José Sócrates diz que “não se pode dar tiros aos pássaros” e que “não é racional” fazer extensão do aeroporto no Montijo.
15 Fevereiro 2017, 11h16

O aeroporto de Lisboa já atingiu a sua capacidade máxima e é preciso uma solução. Mas para Mário Lino, essa solução não passa pela margem sul, mas sim por construir um novo aeroporto, que substitua o atual.

Para o ex-governante socialista, construir uma extensão no Montijo é uma decisão pouco racional, a pior de todas. Para diminuir os custos e para tornar o aeroporto mais funcional, o ideal seria renovar o aeroporto da Portela, em vez de ter dois aeroportos de pequena/média dimensão, que obriga a “custos acrescidos com malas e pessoas de um lado para o outro”.

Em declarações à TSF, Mário Lino argumenta ainda que, segundo os estudos, a pista do Montijo não pode receber aviões de longo curso. Se o aeroporto Humberto Delgado tiver algum problema e não tiver oportunidade para deixar aterrar um avião de longo curso, será preciso desviá-los para o Porto ou para Faro.

Para além disso… os pássaros. O antigo ministro está preocupado com as aves, que, sobretudo no inverno, passando pela Reserva Natural do Estuário do Tejo, podem voar contra o motor dos aviões. “A zona é de migração e se se concluir que passam ali milhares de aves durante um mês ou dois não se podem dar tiros para as espantar todas ou andar com os aviões no meio dos pássaros”, disse Mário Lino com algum humor.

Se reconstruir o aeroporto de Lisboa está fora das negociações, Alcochete seria uma melhor opção.

 

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