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Marques Mendes sobre guerra no PSD: “É sempre melhor clarificar”

O comentador acredita que Rui Rio vai sair vencedor do Conselho Nacional mesmo que o voto seja secreto. Se isso acontecer de facto, sai reforçado para enfrentar António Costa nas legislativas de outubro, mesmo que as europeias de maio não lhe saiam de feição.
  • PSD
13 Janeiro 2019, 21h42

Marques Mendes considera que a descida nas sondagens  – esta semana foram conhecidas duas que colocam o PSD entre 24,1% e 24,8% nas intenção de voto, no que seria o pior resultado do PSD desde 1976 – precipitou a crise no partido. Considerou a situação semelhante à vivida por António José Seguro em 2014. Nessa altura, como hoje, mantém a opinião: “Acho preferível a clarificação à paz podre”.

Nesta linha de ideias considerou que tanto Luís Montenegro como Rui Rio estiveram bem na forma como andaram esta semana. O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro anunciou na última sexta-feira que está disponível para ser “de imediato” candidato à liderança do partido, desafiando Rui Rio a marcar eleições diretas já e a apresentar a sua própria candidatura. Rui Rio respondeu com a marcação de um Conselho Nacional extraordinário onde apresentará uma moção de confiança.

Marques Mendes disse acreditar que Rui Rio vai sair vencedor do Conselho Nacional mesmo que o voto seja secreto. “Nunca vi um líder perder uma votação no Conselho Nacional”, vincou, salvaguardando, no entanto, que o jogo das cadeiras eleitorais também pesa neste momento. “Há pessoas que votam por convição, mas também há quem vote pelo lugares”.

O Conselho Nacional do PSD deverá realizar-se na outra semana. Se Rui Rio efetivamente for o vencedor “sai reforçado”, o que “significa em definitivo que vai a votos contra António Costa em outubro”, mesmo que não se venha a sair bem nas eleições para o Parlamento Europeu que são em maio.

A Luís Montenegro reconheceu a coragem de avançar. Se coisas lhe correram mal  agora, em outubro fica na ‘pole position’ para disputar a futura nova liderança.

Na área da Economia, Marques Mendes centrou a sua análise naquilo que classificou de “corrupio” de anúncios protagonizados pelo ministro Pedro Marques na área dos transportes ( investimentos na CP, no Metro e no novo aeroporto), vincando: “Parece que o Governo de Costa voltou ao tempo de Sócrates”. Acusou o governo não só de estar a “trabalhar para o espetáculo”, como também de estar a ajudar o próprio Pedro Marques, que, segundo referiu, já, foi dado pelos jornais como cabeça de lista do PS às eleições europeias.

Marques Mendes foi particularmente crítico da ideia de eliminar as propinas em dez anos lançada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na Convenção Nacional do Ensino Superior 2030 na passada segunda-feira, no ISCTE-IUL. Considerou que a medida não é justa do ponto de vista social, pois, segundo disse, só vai favorecer os que têm mais recursos, pois os mais desfavorecidos já têm bolsas e beneficiam da ação social, sendo o “cúmulo do eleitoralismo prometer uma coisa para daqui a 10 anos.”

No barómetro do melhor da semana do seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes colocou a apresentadora Cristina Ferreira, que na sua sua estreia neste canal bateu toda a concorrência. Em contrapartida, considerou Ricardo Salgado o pior. O banqueiro recebeu esta semana a sua terceira condenação do Banco de Portugal por causa do BES Angola.

 

 

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