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Marta Temido assume desafio de “gerir escassez de vacina numa primeira fase”

A Ministra da Saúde afirma que ainda não existem números sobre a quantidade de doses de vacinas que vão ser entregues na primeira fase. “Não nos interessa ser os primeiros a ter a vacina, mas ter vacinas de qualidade, seguras e efetivas”, refere.
  • António Cotrim / Lusa
11 Dezembro 2020, 14h47

Marta Temido assumiu em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 12 de dezembro, que o principal desafio em relação ao processo de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, será de “numa primeira fase gerir alguma escassez”.

A Ministra da Saúde referiu que ainda não está definida a quantidade de doses que vão chegar a Portugal durante essa primeira fase, realçando que “não nos interessa ser os primeiros a ter a vacina, mas a ter vacinas de qualidade, seguras e efetivas”.

O Reino Unido, país que já começou a vacinar os doentes com Covid-19, mostrou esta semana alguma preocupação sobre as reações alérgicas que a vacina pode causar. Questionada sobre esta informação Marta Temido sublinhou que “são aspetos que poderão verificar-se e é importante serem tratados com transparência e acompanhados clinicamente, no sentido de prevenir repetições e Portugal está a fazê-lo também”.

Esta sexta-feira a “TSF” anunciou que não se registavam em Portugal há mais de 70 anos, tantos mortos como em 2020. A Ministra da Saúde frisou que estes números têm sido seguidos com cuidado, mas só depois de encerrado o ano de 2020 é possível fazer uma análise detalhada sobre quais foram as causas de óbito.

“Neste momento o que fazemos é uma avaliação daquilo que era a mortalidade esperada e da mortalidade verificada. Há quatro períodos em que o comportamento da mortalidade observada é superior à mortalidade esperada: pico da Covid-19, dois momentos com fenómenos de temperaturas extremas e um quarto momento de excesso de mortalidade por todas as causas”, explicou.

Marta Temido anunciou ainda que o risco efetivo de transmissão (Rt) por Covid-19 se situa agora em 0,97, “um valor que precisamos de fazer descer e sobretudo de manter de uma forma sustentada. Estima-se que o pico de incidência da pandemia nesta segunda fase possa ter sido na semana de 20 de novembro”, afirmou.

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