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Marta Temido avisa que processo de vacinação vai ser longo e admite maior escassez da vacina no primeiro trimestre

“Temos uma expectativa elevada em relação a este processo mas temos que ter a perceção que este processo de vacinação vai ser longo. Durante vários meses do ano que vem não nos podemos afastar das regras que têm estado em vigor até agora”, alertou a ministra da Saúde.
  • António Cotrim / Lusa
2 Dezembro 2020, 19h39

Marta Temido admitiu esta quarta-feira em conferência de imprensa que o processo de vacinação, que será detalhado esta quinta-feira, será longo e alerta que no primeiro trimestre de 2021 poderá assistir-se a uma maior escassez do medicamento.

“Temos uma expectativa elevada em relação a este processo mas temos que ter a perceção que este processo de vacinação vai ser longo. Durante vários meses do ano que vem não nos podemos afastar das regras que têm estado em vigor até agora”, alertou a ministra da Saúde.

O Ministério da Saúde estima que as vacinas estejam disponíveis nos primeiros dias do novo ano e, apesar dos detalhes serem conhecidos esta quinta-feira, Marta Temido adiantou que “as vacinas serão administradas no SNS, serão gratuitas e facultativas”. A governante estima também que “no primeiro trimestre de 2021 haverá maior escassez na existência de vacinas e ao longo de 2021 teremos mais vacinas e expansão dos pontos de vacinação”, tendo em conta a prioridade de vacinas determinados grupos-alvo.

Temido com quatro dúvidas

Com um gasto total de 200 milhões de euros que vai servir para adquirir 22 milhões de doses da vacina, Marta Temido enalteceu esta quarta-feira quatro incertezas com o processo: “Não são ainda conhecidos os resultados dos ensaios clínicos da fase 3, a última fase de um ensaio prévia à autorização para introdução da vacina no mercado pelo que a eficácia do medicamento ainda terá de ser avaliada pela AgÊncia europeia do medicamento: Pfizer a 29 de dezembro e Moderna a 9 de janeiro; os ensaios clínicos publicados que são maioritariamente abrangentes de pessoas entre os 18 e os 55 anos de idade; sabemos que não conhece a duração da imunidade da vacinação e que os dados disponíveis não recomendam a vacinação de crianças e grávidas”, explicou a governante.

Esta quarta-feira, Marta Temido realçou que, relativamente ao plano de vacinação, a task force apresentou os planos que vão definir quais são as vacinas disponíveis e as quantidades a entregar, quais são os grupos alvo para a vacinação, onde será realizada a administração da vacina, onde será feito o registo eletrónico da vacinação e aspetos relacionados com a logística

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