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Quantos quilómetros faz um Maserati com 15 litros de combustível por dia?

Tendo em conta que as medidas de racionamento ontem anunciadas indicam um máximo de abastecimento de 15 litros de combustível por dia, o carro da preferência do vice-presidente do SNMMP só poderá fazer uma centena de quilómetros em cada dia de greve.
8 Agosto 2019, 07h45

Os modelos de Maserati disponíveis em Portugal, um dos quais tem sido conduzido por Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMMP – Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, só conseguirão percorrer cerca de 100 quilómetros por dia, na melhor das hipóteses, se a greve convocada por esse sindicato a partir do próximo dia 12 de agosto for em diante e se as medidas de racionamento de combustível ontem anunciadas pelo Governo forem aplicadas.

Segundo uma investigação do Jornal Económico, um modelo Maserati Quattroporte consome um litro por cada 6,8 quilómetros percorridos.

Tendo em conta que as medidas de racionamento ontem anunciadas indicam um máximo de abastecimento de 15 litros de combustível por dia, o carro da preferência do vice-presidente do SNMMP só poderá fazer uma centena de quilómetros em cada dia de greve.

Qualquer coisa como ir de Lisboa a Setúbal e vir, mas sem nervosismos de maior no acelerador do bólide italiano.

Caso não estivesse excecionado por estas medidas de racionamento por exercer as funções de Chefe do Governo, o primeiro-ministro António Costa teria um pouco mais de margem de manobra.

O seu carro de serviço, um potente Mercedes S500 Longo, mesmo assim, é mais económico que o Maserati de Pedro Pardal Henriques.

Se estivesse condicionado às regras do racionamento ditado pelo seu próprio Governo, António Costa só poderia efetuar trajetos diários de cerca de 135 quilómetros nesta viatura, uma vez que o automóvel germânico consome um litro de combustível por cada nove quilómetros efetuados.

Desta forma, o primeiro-ministro apenas poderia deslocar-se num dia desde o Palácio de São Bento até um destino como o Cartaxo, e voltar.

E, mesmo assim, seria um pouco no limite do depósito vazio se fosse exclusivamente pela A1, sendo mais aconselhável seguir pela EN3 logo a seguir ao Carregado e vice-versa. E sempre sem carregar no acelerador.

Já para o comum dos mortais, vamos dizer, para quem conduz um Renault Clio, o modelo de carro mais vendido em Portugal no ano passado, o racionamento imposto pelo Governo no consumo de combustível será menos limitativo.

Este carro consome 5,1 litros de combustível aos 100 quilómetros, pelo que os 15 litros diários permitidos dariam para fazer um trajeto de cerca de 294 quilómetros.

Ou seja, um percurso diário de ida e volta entre a capital portuguesa e, por exemplo, Leiria.

Mas é aconselhável optar pela A8, porque se a alternativa for a A1 poderá ficar apeado antes de chegar ao seu destino final.

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