[weglot_switcher]

Matos Fernandes: “Muito tem sido feito para evitar cenários como o de Pedrógão Grande””

“Desde 2017 muito tem sido feito em relação à prevenção estrutural de incêndios para tentar evitar cenários como o de Pedrogão Grande, podemos e estamos a reorganizar a floresta, mas infelizmente não podemos devolver a vida aqueles que a perderam”, referiu o ministro do Ambiente esta tarde no Parlamento.
  • Tiago Petinga/Lusa
18 Junho 2020, 19h39

O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, destacou as medidas de prevenção dos incêndios adotadas pelo Governo desde 2017, durante reunião plenária, e garantiu que “na proteção das infraestruturas, o que se faz hoje é completamente diferente”.

“Desde 2017 muito tem sido feito em relação à prevenção estrutural de incêndios para tentar evitar cenários como o de Pedrogão Grande, podemos e estamos a reorganizar a floresta, mas infelizmente não podemos devolver a vida aqueles que a perderam”, referiu João Pedro Matos Fernandes.

“Para terem uma ideia no ano de 2020, a REN já limpou 82% da área prevista e estas contas são feitas até ao final do ano; a EDP mais de dois terços; as Águas de Portugal também e a EGF 97%”, sublinhou o governante. “Tudo mudou naquilo que é o cuidado para proteger estas infraestruturas e o risco delas próprias poderem propagar o incêndio”, completou.

João Pedro Matos Fernandes sublinhou ainda a aquisição de doze drones, instalados em seis bases e a importância dos planos de paisagem. “É sobretudo com a aprovação dos planos de paisagem que passamos a ter instrumentos para transformar o território rural destes espaços”

Também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, enalteceu as alterações levadas a cabo pelo Estado desde os incêndios em Pedrogão Grande há três anos. “Tudo mudou, na vigilância nunca se falou tanto em limpeza de terrenos não foi a lei que mudou foi a consciência da sociedade portuguesa”. Eduardo Cabrita acrescentou ainda que existem mais “21% de efetivos em combate efetivo neste momento prontos” e “mais “25% de meios aéreos”.

Já o PSD considerou que “ao longo dos três anos muitos foram os documentos apresentados, nestes é defendido que a floresta terá de ser encarada como uma parte da solução e nunca do problema e que para que tal aconteça é fundamental existir reflorestação planeada e só assim a floresta será um dos agentes que contribui estruturalmente  para a mitigação dos incêndios”.

“O Governo tem utilizado a desculpa da pequena propriedade do desordenamento florestal de há décadas e para a incapacidade de colocar em prática todas as medidas que, ao longo de três anos, foi denunciado e exaustivamente anunciado”, apontou a deputada do PSD Cláudia André.

O deputado João Dias do PCP pediu que fossem criadas “medidas do terreno, tem que haver medidas de apoio à população, medidas de apoio às vitimas, de apoio aos produtores, de apoio aos agricultores e também medidas que possam apoiar aquilo que é a atividade industrial e empresarial destas regiões afetadas

Por outro lado, o PAN acredita que “não podemos continuar a gastar 4 vezes mais naquilo que é o combate aos incêndios e continuar a ter um sobre investimento naquela que é a prevenção”.

Sobre a caracterização do território, a deputada do PAN Inês Sousa Real mencionou que “um bom ordenamento florestal é também decisivo para cumprir aquela que é a prevenção que cumpre garantir”. Inês Sousa Real lembrou ainda que Portugal tem um desafio acrescido por ser dos poucos países a deter a maioria da propriedade florestal.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.