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Medidas definidas “em cima do joelho”. UGT denuncia falta de articulação entre Governo e os parceiros sociais

Apesar desta falta de articulação, Carlos Silva considera que as medidas do teletrabalho “parecem positivas”, dado que o decreto-lei prevê medidas que a UGT defende, como por exemplo o pagamento do subsídio de refeição. 
  • Cristina Bernardo
3 Novembro 2020, 18h16

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) considera que há medidas preventivas contra a Covid-19 que estão a ser definidas “em cima do joelho”, nomeadamente, o teletrabalho, que não foi falado entre os parceiros sociais, na passada sexta-feira, dia em que estiveram reunidos com a ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Godinho, e o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

“Nada foi dito sobre teletrabalho [na reunião] e no domingo aparece a necessidade de nos pronunciarmos, até às 11 da manhã, de segunda-feira sobre a matéria”, afirmou Carlos Silva, esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa, no Palácio de Belém, depois da audição com Marcelo Rebelo de Sousa. “O apelo que lançámos ao Presidente da República é a necessidade de nos articularmos”.

Apesar desta falta de articulação, o responsável considera que as medidas do teletrabalho “parecem positivas”, dado que o decreto-lei prevê medidas que a UGT defende, como por exemplo o pagamento do subsídio de refeição.

“A nossa posição é favorável ao estado de emergência que não feche a economia e que não prejudique os trabalhadores deste país, nomeadamente em situação idêntica ao lay-off. Não queremos mais cortes salariais”, vincou.

Sobre o evento do Grande Prémio de Fórmula 1, que decorreu no Algarve, Carlos Silva deixou ainda a nota que o “Governo deu um mau exemplo na altura em que autorizou 27.500 pessoas em Portimão”, disse ainda Carlos Silva, adiantando que transmitiu esta opinião ao Presidente da República.

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