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“Medidas mais restritivas e confinamento podem matar empresas”, alerta AHRESP

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal reconhece a gravidade da situação epidemiológica do país mas apela ao Governo que não implemente medidas “gravosas e desproporcionadas”.
30 Outubro 2020, 19h52

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alertou esta sexta-feira para a necessidade de manter os apoios às empresas caso se implementem medidas mais restritas para conter a propagação da pandemia, apesar de admitir que reconhece a gravidade da situação epidemiológica do país.

“Medidas mais restritivas e confinamento podem matar empresas”, avisa a associação, que apela ao Governo que não aplique normas “gravosas e desproporcionadas”. “Os estabelecimentos de restauração e bebidas e do alojamento turístico funcionam já com bastantes restrições, têm sido exemplares no cumprimento de regras e boas práticas sanitárias e não são considerados locais de risco de contágio”, lembra a AHRESP, no último boletim diário da semana – que antecede o Conselho de Ministros extraordinário.

O Governo está a avaliar novas restrições de circulação entre concelhos nos feriados de 1 dezembro e 8 de dezembro como forma de evitar maior mobilidade e ajuntamentos dos portugueses devido às previsíveis pontes que poderão fazer dado que, este ano, estes feriados são a uma terça-feira, podendo dar origem a umas “mini férias” de quatro dias.

A medida foi apresentada esta sexta-feira aos parceiros sociais pelo ministro da Economia na reunião da concertação social, tendo o ministro Pedro Siza Vieira justificado como uma forma de preparar o Natal para que possa ser festejado de uma forma normal, evitando medidas mais duras nesta época festiva. A possibilidade foi revelada ao Jornal Económico (JE) por um dos parceiros sociais que avançou que foi sinalizado ao governante que se, por um lado, é útil a previsibilidade para as empresas, este tipo de medidas “deviam evitar-se”.

Para a AHRESP, mais bloqueios exigem mais auxílios: “Caso sejam adotadas medida mais restritivas para as nossas empresas, estas têm forçosamente que ser acompanhadas do robustecer dos apoios, sem o que iremos assistir a uma situação, sem precedentes, de encerramento massivo de empresas, uma vez que estas não têm forma de suportar os custos fixos que têm, nomeadamente ao nível do pessoal”.

A associação reitera ainda que a extensão do regime de lay-off simplificado para todo o ano de 2021 seria “fundamental”.

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