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‘Megacamiões’ permitem 30% de redução na emissão de CO2, garante Luís Simões

Este sistema foi implementado pela primeira vez em 2014, em Portugal, tendo o Grupo Luís Simões arrancado em 2017 com um novo projeto do género em Espanha, na região de Saragoça.
9 Março 2018, 17h05

A Luís Simões garante que a solução adoptada na utilização de megacamiões (‘gigaliner’) é pioneira e permite a redução de 30% nas emissões de dióxido de carbono por tonelada transportada.

Este sistema foi primeiro implementado em 2014, em Portugal, tendo o Grupo Luís Simões arrancado em 2017 com um novo projeto do género em Espanha, na região de Saragoça.

Segundo Grupo Luís Simões “este sistema é um exemplo de como a inovação no setor da logística e dos transportes beneficia a capacidade competitiva dos operadores em termos económicos e ambientais”.

“A solução Gigaliner, introduzida pela Luís Simões no mercado ibérico em 2014, apresenta ganhos ambientais que reduzem em cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono por tonelada transportada”, sublinha o referido comunicado.

De acordo com esse documento, “regista-se uma maior eficiência, resultado da redução de custos de exploração/tonelada transportada, por via do menor consumo de combustível e esforço de investimento”, além de se verificar menor desgaste das vias rodoviárias, com uma redução de um terço da pressão nas vias, tendo em conta que dois ‘gigaliners’ substituem três conjuntos convencionais [de camiões de mercadorias]”.

Neste momento, a Luís Simões tem em circulação 10 ‘gigaliners’ em Portugal e em Espanha, com o objetivo de “otimizar o sistema euro-modular e acrescentar valor à cadeia de abastecimento dos clientes”.

“Em Portugal a Luís Simões acumula mais de três anos de experiência e 34.000 viagens com euro-modulares, e os resultados obtidos são prova viva das vantagens na utilização deste tipo de equipamento, com menor impacte ambiental com destaque para a diminuição das emissões de CO2 por tonelada transportada”, destaca Cláudia Trindade, gestora de frota ibérica da Luís Simões.

No entender da mesma responsável, “em Espanha, o projeto foi cuidadosamente preparado com provas de acessibilidades, reajustes do modelo operativo de algumas instalações, formação especializada de condutores e técnicos da Luís Simões, tendo contado, ainda, com o apoio e acompanhamento contínuo dos fornecedores dos equipamentos.”

O Grupo Luís Simões explica que “a configuração do ‘gigaliner’ que circula em Portugal é uma combinação de veículos composta por um camião de três eixos acoplado a um ‘dolly’ (pequeno ‘chassis’ composto por dois eixos, conduzido por uma lança móvel em tudo semelhante a um reboque) com um prato de engate que permite o acoplamento de um semirreboque de 13,6 metros”.

“Esta solução permite circular com um peso bruto até 60 toneladas (sendo o convencional até 40 toneladas), e cumpre os requisitos legais relativos ao raio de viragem e, por ter oito eixos, apresenta pesos por eixo inferiores aos máximos permitidos por lei atualmente, permitindo uma redução estimada em cerca de 30% no desgaste nas vias rodoviárias, comparativamente ao desgaste provocado pelos veículos convencionais (de cinco eixos)”, garante o Grupo Luís Simões.

Em Espanha, a LS adquiriu um conjunto constituído por tração de dois eixos, ‘link trailer’ e semirreboque convencional, e um conjunto com tração de dois eixos, semirreboque de 13,6 metros, rebocador e reboque de dois eixos.

“Uma vez mais, a Luís Simões contou com o parceiro Lecitrailer, para o fornecimento dos ‘trailers’. As tracções adquiridas estão equipadas com os mais recentes sistemas de segurança, desde a suspensão pneumática nos dois eixos, espelhos de ângulo morto, sistema de advertência de abandono de carril, sistema de travagem de emergência, sistema de anti deslizamento das rodas e controlo de estabilidade”, assegura o grupo de transportes rodoviários de mercadorias.

“Optámos por configurações distintas das de Portugal, dado que oferecem mais flexibilidade, em caso de quebras de fluxos. É possível utilizar sempre dois elementos de cada conjunto de uma forma isolada, permitindo reduzir ineficácias operativas e otimizar o investimento. Oferece a possibilidade de utilizar combinações longas quando é permitido, e combinações curtas quando necessário”, refere Cláudia Trindade.

O Grupo Luís Simões salienta que a implementação da frota de camiões euro-modulares de 25,25 metros tem vindo a funcionar como um processo transversal, desde a criação até à distribuição, através de todas as áreas da cadeia de abastecimento.

“O uso de veículos modulares com maior capacidade de carga facilita e torna mais eficiente o transporte em curtas distâncias, ao diminuir o número de viagens e, consequentemente, do consumo do combustível”, afiança o grupo português.

“O mais recente projeto a este nível arrancou em 2017, desta vez em Espanha, na região de Saragoça, fruto de um projeto desenvolvido com a Saica que, com 70 anos de história, é uma empresa familiar líder no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a embalagem de papel e cartão canelado”, refere Ignacio Gutierrez, diretor regional de transportes da Luís Simões.

 

 

 

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